3 Superclásicos em 10 dias

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Por El Biglia de la Gente

Boca x River. River x Boca. Boca e River outra vez.  Uma overdose superclássica se apresenta para nosso absoluto deleite. Entre tantas combinações, rivais e desfechos mil, um tosco e delicioso roteiro – estilo Curtindo a Vida Adoidado, Loverboy e outros  filmes da sessão da tarde – guiou esse reencontro histórico com mensagens oníricas e peculiares. O River – que voltava a ser River? –  depois de uma campanha pífia, opaca e indefensável, chegava na última rodada com o terço na mão,  dependendo da boa vontade do Tigres. O quadro de Monterrey, classificado sem pormenores,  foi a Chiclayo com quase todos os reservas. Ferretti guardava Nahuel Guzman, Arévalo Rios, Rafael Sobis e Guerrón para o torneio local,  dissimulando  totalmente uma possível mala branca.

A goleada acachapante no Superclasico de verão já mostrava que algo havia saído dos trilhos em Nuñez. A vitória sobre o San Lorenzo na Recopa, logo na semana seguinte, trazia um pouco de ordem e algo de paz. Eis que o sorteio da Libertadores marcava canchas insólitas pelo caminho. San José e os mais de 4.000 metros de Oruro se fizeram sentir; Juan Aurich e o gramado sintético de Chiclayo foram alvos de desculpas após um novo tropeço. No Monumental, dois empates frente a Tigres e Aurich diziam que o quadro de la banda roja acariciava a eliminação.

Voltamos uma semana e a sensação de que algo divino iria ocorrer. Na penúltima rodada em Monterrey, o River perdia por 2×0 até os minutos finais, quando Rodrigo Mora e Teo Gutierrez empataram o jogo, trazendo vida e um sopro de ilusão para o jogo final. A vitória tranquila no Monumental com gols de Mora e Teo, fez com que os millonarios guardassem suas forças para o que acontecia no norte do Peru. Digno do campo sintético, a classificação se desnudava com uma verdadeira pelada de society que terminou 5×4 para os mexicanos. Por fim, River classificado,  apesar dos quatro empates, a derrota na estreia em Oruro e uma solitária vitória no jogo final contra o time do coração de Evo Morales.

O Boca, com time alternativo, bateu o Palestino sem temer o Superclássico. Os gols de Marin e Calleri, já no tramo final, desenhava o desbunde futebolístico que nos aguarda dentro de semanas. Assim, a primeira metade de Maio reservará 3 Superclássicos em 10 dias. O primeiro, dia 2, em La Bombonera pelo Torneio Local.  Boca e River, ao lado de Rosario Central e San Lorenzo, lideram a tabela com 21 pontos. Em âmbito copero, dias 5 e 13 de Maio, onde o Boca leva vantagem histórica apesar do confronto da semifinal da Sulamericana do ano passado ter se inclinado para o lado riverplatense.

RIVER PLATE

River Plate

Gallardo manteve o 4-3-1-2 – esquema que parece estar escrito na cartilha oficial do clube desde os anos 90 – com Gabriel Mercado e Vangioni nas laterais. A defesa, que foi o ponto fraco da campanha, segue com problemas já que Eder Alvarez Balanta sentiu uma nova lesão . Jonatan Maidana é o único confirmado no miolo da zaga. O River sofreu 7 gols até aqui na Libertadores e outros 12 pelo torneio local. Ramiro Funes Mori e German Pezzella disputam a última vaga pelo setor esquerdo da defesa. O meio campo é o mesmo da Sulamericana: Matias Kranevitter, Carlos Sanchez, Ariel Rojas e Pisculichi.

O jovem Kranevitter, segue como cão de guarda, sem substituto após a lesão de Ponzio. Carlos Sanchez é o único que manteve o nível do ano passado, sendo o motor pelo lado direito. No flanco oposto, Ariel Rojas vem em baixa;  Pity Martinez, oriundo das canteras do Huracán, chegou em Janeiro  e vem pedindo cancha com grandes atuações. Na armação segue Pisculichi apesar da notável queda de rendimento. O River, ao contrário de seu rival de toda la vida, possuí um elenco enxuto, repleto de jovens, o que faz de Pisculichi o enganche; o uruguaio Mayada faz sombra num eventual sistema alternativo – no confronto derradeiro contra o San José, Marcelo Gallardo provou um inusual 3-5-2. No ataque, Teofilo Gutierrez busca reencontrar seu melhor futebol. O colombiano, com seu temperamento indecifrável, irritou os torcedores com muita indolência e pouca efetividade. Coube ao uruguaio Rodrigo Mora vestir o traje de herói com gols decisivos e liderando um ataque inoperante.

BOCA JUNIORS

Boca Juniors

O Boca chega afiado, com 6 vitórias e um elenco sólido comandado por El Vasco Arruabarrena. Palestino, Wanderers e Zamora não serviram de sparring na primeira fase. O saldo diz tudo: 19 gols marcados e 2 sofridos. O esquema tático é o mesmo 4-1-4-1 do ano passado. A chegada de Lodeiro e Osvaldo deu ainda mais qualidade a um elenco vasto, que goza de uma crescente desde 2014. A defesa tem boas opções tanto nas laterais como no miolo de zaga. Leandro Marin e Gino Peruzzi disputam uma vaga na lateral direita. Pelo lado oposto, Nicolas Colazo ganhou a sombra de Fabián Monzón  – campeão da Libertadores de 2007 e dos Jogos Olímpicos de 2008 – que retornou a La Boca em Janeiro; Cata Diaz, Guillermo Burdisso e Marco Torsiglieri brigam por duas vagas na zaga.

O grande desfalque para o confronto é o volante Pichi Erbes, que segue lesionado. No entanto, Fernando Gago, o cabeça pensante do meio campo, voltou contra o Palestino após cinco semanas inativas por uma lesão. El Pintita deverá formar um tripé de volantes ao lado de Meli e Nicolás Lodeiro. O uruguaio já jogou – aberto pela direita na linha de armadores, mas deverá começar centralizado ao lado de Gago, com Meli como primeiro volante. Nas pontas, Arruabarrena tem 3 boas opções: Andres Chavez, Pati Carrizo e Juan Manuel El Burrito Martinez, com clara vantagem para os jovens atacantes.  Para o comando do ataque, o fanfarrão Daniel Osvaldo tenta justificar sua polêmicas midiáticas com gols e muita provocação.

O presente xeneize convida a sonhar com o mesmo desenlace de 2000, passando um filme sobre o show de Riquelme e a volta triunfal de Palermo que naquela noite carimbava o passaporte para a final diante do Palmeiras. Em 2004, também na semifinal, deu Boca outra vez. Lembramos de Tevez expulso ao imitar uma galinha, a confusão entre Gallardo e Abbondazieri e a vitória nos pênaltis em confronto marcado pela torcida única, essa aberração moderna que dava início justamente ali.

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