Puerta 12

Want create site? Find Free WordPress Themes and plugins.

Passada uma semana do último Superclásico ainda levantamos hipóteses e lançamos mão da imaginação para tentar explicar mais este episódio insólito. Certamente, o atentado ocorrido na manga de acesso ao plantel do River Plate ficará conhecido como “La Noche del Mostacero” ou algo do gênero em uma compilação de momentos bizarros entre millonarios y xeneizes.

Contudo, muitos bosteros aproveitaram o desconforto ao sentar no banco dos réus para relembrar da maior tragédia da História do futebol argentino. 23 de Junho de 1968, o Boca Juniors visitava o arquirrival em partida válida pela 17ª rodada do Torneo Metropolitano, que seria conquistado de maneira invicta pelos Matadores do San Lorenzo, comandados pelo brasileiro Elba “Tim” de Pádua Lima.

Após um aburrido empate sem gols – que marcou a despedida do Super, em grande nível, do goleiro Amadeo Carrizo – a parcialidade visitante, que se encontrava na tribuna alta Centenario, próxima à Avenida Figueroa Alcorta, enfrentou uma armadilha mortal na hora da saída.

Existem duas versões diferentes que buscam explicar a debacle. A primeira indica que a Puerta 12, uma das saídas destinadas aos hinchas do Boca esteve trancada durante toda etapa complementar, não sendo aberta inclusive após o apito final. Na ânsia para sair rapidamente do Monumental de Nuñez, muitos torcedores formaram involuntariamente uma espécie de avalanche humana sem escapatória para aqueles que tomaram a dianteira.

“En un principio era una avalancha normal, pero después se acrecentó. Iba por el aire, sin tocar el piso. Algo empezó a salir mal. La avalancha se detuvo. Cada vez estaba más apretado. Había gritos de pánico, de mucho miedo. La gente que estaba abajo quería subir. Estábamos uno arriba de otro bajo una terrible presión que no dejaba respirar. Me caí y después me desmayé. ¿Cuál fue el motivo de la tragedia? Nunca lo conocí. Yo me salvé de milagro. Quizá gracias a la gente que me ayudó porque era el más joven de todos y porque la avalancha se detuvo cuando yo estaba en un recodo de la escalera. Apenas tenía 14 años. Nunca más fui a ver a Boca” (Miguel Durrieu, 46, sobreviviente).

Contudo, o relato mais difundido pelos sobreviventes dá conta de uma forte repressão policial para conter distúrbios causados por La 12, como podemos observar no trecho abaixo do livro Muerte En La Cancha 1958-1985 publicado pelo jornalista Amílcar Romero:

“(…) un incidente que habría protagonizado un sector de la barra brava boquense con un escuadrón de la Policía Montada y que la carga de estos fue el motivo de un instintivo repliegue en la boca de la puerta, que habría sido lo que hizo de tapón y desató la matanza en el primer rellano”

O autor também recorda de outra ocasião na qual a cancha do River também se convertreu em um cenário fúnebre:

“Sin embargo, no era la primera vez que ocurría algo así y en ese mismo estadio, solo que no con tamaña magnitud. Fue el domingo 3 de julio de 1944, en otro River-Boca, una puerta más allá y también sobre la Avenida Figueroa Alcorta. El saldo, esa vez, fue solo 7 muertos y más de 100 heridos. También todos hinchas de Boca”

20 anos após o ocorrido, o ex inspetor geral municipal Juan Carlos Tabanera declarou em entrevista para o periódico Domingos Populares:

Hubo agentes que actuaron sobre la gente que se desconcentraba por la escalera de la Puerta 12, mientras era obstruida por la Policía montada. Allí se produjo el desbande y la tragedia. La puerta estaba abierta y los molinetes, retirados. Yo estaba ahí y doy fe de ello. Mi hipótesis es que se quiso poner a cubierto el desempeño de la Fuerza y se inventó el tema de los molinetes” 

Contudo, os fatos nunca foram devidamente apurados, lembrando que à época a Argentina ainda era governada pela ditadura do General Juan Carlos Onganía, contribuindo para o clima de incerteza e vista grossa para o caso.

No total foram 71 vítimas fatais e dezenas de feridos, e a média de idade dos falecidos não superava 20 anos. Apenas dois sobreviventes, Diógenes Zúgaro e Nélida Oneto de Gianoli, foram indenizados, em 50 mil dólares cada um, pelo Club Atlético River Plate.

Em 2008, quando a calamidade completou 40 anos, o diretor Pablo Tesoriere lançou o documentário Puerta 12 na busca por respostas para tamanha fatalidade.

Atualmente, quem visitar o Estadio Antonio Vespucio Liberti não encontrará nenhuma referência ao local, pois tal saída foi renomeada como Acceso L.

Did you find apk for android? You can find new Free Android Games and apps.

Posts Relacionados

Deixar um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar algumas tags HTML:

<a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>