A fêmea do santo preto

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Sou um espírito perturbado, sim. E penso que sou agradecido por isso, neste mundo mudo, tão deturpado. Porque sou tão cheio de alegria, amor pelas coisas vivas e isso me mantém. Toda vez que olho para o céu da noite há uma estrela sem vida. Vejo, todavia, sem medo. Também vejo o nascimento de algo, em troca de cada estrela que morre o cosmos ganha o vácuo, mais silêncio na estrada do cometa, o buraco negro segue como o coração de todo o universo e todos que nele possam habitar. A fêmea do santo preto mora ao seu lado, e decide que entra e quem sai. É como uma broca no destino, e quando mexe seus quadris no seu sexo, chupa todo seu gozo branco – e, na essência do yin-yang, recria com outro, nua vontade, numa interminável sequencia de celebração da ignorância vetada.

O eterno giro, como a dança das baianas no carnaval, jorrando, além do óbvio movimento criado, esperança, cor, pensamentos confiantes e o tal de amor. Amor, amor, amor. Temos que nos apaixonar pelo amor. Em cada ser vivo queima uma fogueira que deseja um toque, um olhar, um segundo sequer de plena e verdadeira atenção, uma palavra. O conforto vence até a fome, supera a necessidade do ‘comfort food’. O assassino, sem nada no estômago e no coração, larga a faca e corresponde no abraço, fazendo jazer o ódio no olhar de amor que recebe. Mas só funciona se for com amor, e se for amor deve vir acompanhado da educação, para poder escolher entre a arma que rouba um pão e o abraço que vai render eternos banquetes. Quando se apaixona sua cara muda, toda sua expressão fica mais clara, sua face, suas sobrancelhas, iluminadas, não só a áurea, a alma, a capa, a velha carcaça sem porteira, mas principalmente o conteúdo.

Suas células vibram, vibram de verdade, natural e violentamente, como a água fervendo. Borbulha, recria, vive, mata outros, na fila interminável. Porque tu és parte do buraco negro, é pedaço dele, é como ele, pai dele, filho mais santo ou demoníaco de todas suas fodas negras e brancas. A pele da testa não enruga mais como antes. Talvez o faça por atenção, vigilância, motivos dignos para tanto no decorrer da luta. A luta coletiva, que não ignora nada e ninguém, pois realmente luta. Sem ganância, hierarquia e estas coisas estúpidas que escreveram nossa história, desde o início, até hoje.

A luta apenas por si mesmo não alimenta o buraco negro. É fraca, imediata, limitada. Para jorrar tem que ser amor, e com amor muda, recria, mas com respeito, sem deixar nada e ninguém pra trás na utilidade ou mera possibilidade de tudo que vive. Nossa geração afunda os preciosos tesouros naturais que criamos e recriamos, banalizando, palavras, olhares, entendimentos, o amor – e sorri. Que as rugas ajam pelo amor, não mais pelo ódio; pela confiança, não pelo medo; pelo tesão incontrolável por aquela mulher, não pela incerteza de suas intenções. O ódio deve ser explosivo, enquanto você recebe a informação.

O sangue ferve, pois o cérebro, por amor, já lhe avisou que aquilo esta errado, é ganância que envenenou a alma e depois a sociedade neste planeta e vai retardar, não foi pela educação, igualdade, partilha e vai matar – e só a fêmea do santo preto pode fazê-lo. Depois do seu sangue ferver, seu cérebro pensar, já é hora de partir para a ação, que vai consertar este e qualquer outro erro. Já repararam como as formigas respondem após um choque, um trauma? Sem um sinal de medo, de confusão, e a confiança nem é necessária, de fato. Você sabe o que fazer, e faz. O ódio sempre será a ignição do carro, o combustível será o amor. Que assim seja.

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