A memória coletiva e as grandes ideias do futebol

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Por Leonardo Lepri Ferro

Não é de hoje que os anúncios futboleros produzidos na República Argentina assumem o posto de referência quando se trata de criatividade ao falar do mais belo entre todos os esportes. Se dependesse apenas do nível de engenhosidade das ideias paridas pelos publicitários argentos, o país seria um insaciável campeão em todos os Mundiais de futebol. Seria desnecessário entrar em campo e correr durante noventa minutos. O resultado poderia ser cantado por qualquer um, e a Albiceleste campeã de forma consecutiva numa viciada progressão geométrica.
Mas não iremos repassar mentalmente as emotivas publicidades que a Quilmes produz a cada quatro anos.

Invariavelmente, são exatamente estas propagandas que começam a escrever uma história que culminará, poucos meses mais tarde, com mais uma fatalidade injusta, ou outra derrota digna que termina por enche-los de um orgulho que chega a causar inveja. As publicidades que vão germinar no bosque que a humanidade conhece pelo nome corriqueiro de MEMÓRIA COLETIVA.

Serão – e isso é certo – sempre evocadas nos asados entre amigos que ousarem incursionar no tema. Essas pérolas que apenas poderiam ser pensadas por sujeitos que vivem em um lugar onde se respira futebol. E geralmente vêm acompanhadas por um riso incontrolável ou pelo mais sincero golpe emotivo, capaz de fazer chorar até Clint Eastwood montado em seu pangaré.

E agora eles acabaram de lançar mais uma. Desta vez, divertidíssima. Trata-se da publicidade de lançamento do Gran DT desta temporada, uma espécie de jogo virtual promovido pelo maior diário daquelas bandas. Qualquer torcedor pode participar. Basta se inscrever, armar o time que imagina ser o ideal e ir somando seus feijõezinhos de acordo com o desempenho que os atletas têm dentro de campo. Lembra algo? Sim, é similar ao Cartola, versão que nos acostumamos a ver aplicada no Brasil (mas vale lembrar que o formato original é argentino).

A propaganda se passa em um quarto de hospital. O paciente acaba de despertar do coma que o forçou a abster-se de tudo durante seis anos. O garoto, torcedor do Boca, escuta as novidades que seu pai lhe conta com uma mistura de entusiasmo e decepção.

Salve o futebol. E salve as grandes ideias que o representam.

 

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