GOLD 93, CALCIATORI DI SERIE A E B

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Por Felipe Bigliazzi

Com clara evidência da Síndrome de Peter Pan, a gaveta do meio, bem ao lado direito da cama, guarda o mais sincero retrato de nossa infância e pré adolescência. Em meio a coleção de Mad, Ele e Ela, Placar e outras publicações improprias para menores, encontramos o montinho de Cards do campeonato italiano da temporada 1992-93 – Gold 93, Calciatori di serie A e B. O Calcio era o primeiro contato com o futebol internacional naqueles tempos de inflação e lambada, sempre eclipsado na matina dominical pela voz inconfundível de Silvio Luiz(ÉÉÉÉÉÉÉÉ DO NAPOLI.FOI FOI FOI FOI FOI FOI ELE….CARECONE, O CRAQUE DA CAMISA NÚMERO 9) e os comentários macarrônicos de Silvio Lancelotti.

Maradona, Matthaus, Baggio, Gullit, Baresi, Batistuta, Francescoli, Cerezo, Caniggia e uma seleção inimitável de craques que configuravam a vanguarda técnica e tática da virada da década. As camisetas, como sempre lindas, marcavam nosso imaginário com a época dourada do futebol na Bota. Todas essas reminiscências foram provocadas pelo último podcast do programa O Meu Time de Botão #27 que homenageava a lendária equipe da Sampdoria, vencedora do scudetto na temporada 1990-91.

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Vujadin Boskov assumiu o quadro Blucerchiatoem 1986 após passagem vitoriosa pelo Real Madrid no começo da década. Com o paladar futebolístico dos bálcãs, Boskov armou uma equipe rápida, ofensiva e goleadora. O ciclo do iugoslavo culminou em 5 voltas olímpicas: Recopa da Europa 89-90, Copa Itália 87-88 e 88-89, além da Supercopa e do scudetto de 1990- 91.

O jovem Gianluca Pagliuca foi o temperamental portiere da Sampdoria durante os anos de gloria. Sua grandes atuações fizeram com que Arrigo Sacchi o escalasse como titular da Copa de 1994 em detrimento de Walter Zenga. Naquele mundial ficou famoso por terras tupiniquins pelo quase frango mais épico da história das Copas e seu posterior beijo na trave após o chute de Mauro Silva. A defesa bluecerchiata contava com dois laterais cumpridores: Moreno Mannini e Ivano Bonetti.

A zaga era liderada pelo implacável Pietro Vierchowod. O veterano zagueiro canhoto atuou nos mundiais de 82, 86 e 90 com a Azurra. Maradona o definia como seu “marcador mais chato”. Pelo lado direito da defesa, a Samp contava com Marco Lanna, o único jogador nascido em Gênova, que compensava a experiência de Vierchowod com juventude e velocidade no primeiro bote. O meio campo tinha em Toninho Cerezo e Fausto Pari o ponto de sustentação. Cerezo, já veterano, deslumbrou a Itália com seu jogo elegantes, passes precisos e temperamento único. Pari segurava a bronca no meio de campo, marcando individualmente rivais do quilate de Gullit, Maradona, Francescoli, Roberto Baggio e Matthaus. Completando a “meiuca”, o esloveno Srecko Katanec chegava do Stuttgart aportando qualidade no passe.

Daquela Sampdoria, minha única lembrança atendia pela fisionomia única de Attilio Lombardo. Um misto de Marco Uchôa e Elia Junior que costurava defesas elegantemente pelo flanco direito do ataque com a belíssima camisa #7 reluzente e ostentosa . Na campanha do scudetto, a marca foi a fúria goleadora da dupla Gianluca Vialli e Roberto Mancini. Vialli era um atacante completo e muito inteligente taticamente. Boskov utilizava Vialli pelo lado esquerdo do ataque, ao passo que Mancini era o que diríamos hoje “o falso 9”, já que circulava por todos os setores com muita classe, técnica e ímpeto goleador.

Vialli foi o capocannoniere daquela temporada com 19 tentos, sendo que Mancini, eternizado como o maior artilheiro da história da Samp, anotaria outros 12 gols naquela campanha que ficou marcada por vitórias históricas contra os grandes. Na nona rodada, uma goleada por 4 a 1 diante do Napoli como visitante assombrou a Itália.Em casa, no estádio Luigi Ferrari, o conjunto tricolore foi irresistível, encaminhando a conquista inédita ao superar Milan, Juve e Napoli. O único revés veio no clássico diante do Genoa, quando Branco anotou um golaço de falta para dar a vitória ao rival eterno. O campeonato se definiria na trigésima primeira rodada quando a Sampdoria enfrentaria a Inter de Giovanni Trapattoni, seu fiel perseguidor, em pleno San Ciro. Com gols de Dossena e Vialli, a Samp acariciava o título, este que seria rubricado na penúltima rodada, em Gênova, com a goleada sob o Lecce por 3 a 0.

O fim da era dourada da Sampdoria: derrota contra o conceitual Barcelona na final da Liga dos Campeões em Wembley

 

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Na temporada seguinte, a Sampdoria apostou tudo na Liga dos Campeões da Europa, onde chegaria a grande final contra o Dream Team do Barça conduzido por Cruyff. Jogo duro, nervoso, onde o campeão italiano seria derrotado com um gol de Koeman na prorrogação. A derrota marcou o final de uma Era como traduz alguns cards encontrados na coleção perdida. A Samp nunca mais venceria um scudetto, além de amargar o rebaixamento no final dos anos 90. Eis que me deparo com o card da série Nuove Maglie, na qual é possível desfrutar da caricatura de Vialli com a camiseta da Juventus. Em seu novo clube venceria a Champions de 1996 contra o Ajax. Fausto Pari também estava nessa seção pois partira para o Napoli pós-Maradona, já em tempos de vacas magras. Toninho Cerezo, não estava na coleção, já que como todos sabem, chegou ao Morumbi para conduzir o São Paulo ao topo do mundo em duas oportunidades.

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