Grêmio x Palmeiras, Fla x Inter, um tanto de brasileirão, Ribery em Florença, recorde no futebol feminino, a demissão de Diniz, jogo paralisado na França por homofobia… Coisa pra caramba cabendo em uma hora de papo, com Iamin, Lobo, Bonsanti, Ubira e Birner.
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Botão #183 As Morenas do Caribe
Cuba, nos anos 90, teve a seleção de vôlei feminino mais espetacular de sua história. Um absurdo de time. Regla Torres e Mireya Luis comandaram uma seleção tricampeã olímpica, bicampeã mundial, bi do Pan e que transformou o Brasil em sua zebra favorita. Esta seleção representava muito mais do que esporte para seu povo, e a história das “Morenas do Caribe”, como ficaram mundialmente conhecidas, merece demais ser contada.
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Bundesliga no Ar #61 Começou!
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Guilhotina #35 – Natasha Neri
Oitocentas e oitenta e uma pessoas foram mortas no Rio de Janeiro por intervenção de agentes do Estado no primeiro semestre de 2019. Um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2018, ano em que a polícia mais matou no estado desde o início da série histórica, em 2003. Para conversar sobre essa realidade genocida, Bianca Pyl e Luís Brasilino recebem a cineasta e pesquisadora Natasha Neri, codiretora do documentário “Auto de resistência” (http://bit.ly/autoderesistência). O filme acompanha a trajetória de familiares de pessoas mortas por agentes do Estado e traz o cotidiano de um sistema de justiça e de segurança pública voltado para o controle e a repressão da população pobre, especialmente negra. Quadro agravado pelo resultado das eleições de 2018 e que pode piorar ainda mais com a aprovação do projeto “anticrime” defendido pelo ministro Sergio Moro. *Links: Campanha pacote anticrime: uma solução fake (http://bit.ly/solução_fake); entrevista com Raull Santiago, do Coletivo Papo Reto (http://bit.ly/raullsantiago); artigos Carolina Grillo no Diplo (http://bit.ly/grillo1 e http://bit.ly/grillo2). *Trilha: Mano Teko, “Quilombo Favela Rua”. *E-mail: guilhotina@diplomatique.org.br.
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Muito Mais do que Futebol #16 O Figueira e a Libertadores
Aqui estamos de novo! Nesta semana, Lucio, Mauro e Leandro debateram a fundo o Caso Figueirense, que perdeu de W.O. por não pagar funcionários. O clube está na mão de uma empresa, e a discussão neste momento se torna urgente, sobre modelos, responsabilidades e pertencimento. Falamos também, claro de Libertadores com brasileiros se enfrentando, Momento Waldemar e muito mais.
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Destruindo Mitos (não é sobre política)
Por Luiz Felipe de Carvalho
No Brasil ainda não está muito certo como devemos chamá-las: artesanais, especiais ou algum outro adjetivo. Mas é certo que as cervejas “diferentes” vão ganhando aos poucos fatias de mercado que antes eram destinadas às cervejas “comuns”. Em linhas gerais podemos definir cervejas “comuns”, ou “de massa”, como aquelas feitas por grandes indústrias, vendidas (e tomadas!) em quantidades superlativas (Skol, Brahma, Antactica, etc). Já as cervejas “diferentes” são aquelas feitas por empresas menores, respeitando o tempo de cada etapa de produção e usando ingredientes de primeira qualidade. Essa definição é bastante simplista, confesso. Tem muita cerveja que, a depender do critério usado para classificar, pode estar em qualquer dos lados dessa “trincheira”.
Como qualquer novidade, as tais cervejas artesanais confundem muita gente que começa a ter contato com elas. Muitas pessoas, aliás, fogem desse contato por motivos que nem sempre são corretos, e que são frutos de desinformação. Vou tentar enumerar e esclarecer aqui alguns dos mitos mais comuns associados às cervejas especiais (perceba que eu mesmo ainda não me decidi sobre a melhor palavra pra elas). São exemplos que recolhi no contato com amigos, familiares e até mesmo ouvindo comentários de clientes nas seções de bebidas de supermercados.
1 – “Cervejas artesanais são bem feitas, cervejas de massa são mal feitas”
Essa é comum de se ouvir até de quem entende e aprecia cervejas artesanais. Quando fiz o curso de sommelier de cervejas, havia na turma uma funcionária do setor de qualidade da Ambev. Há, iguais a ela, muitas e muitas pessoas trabalhando dentro das grandes empresas, capacitadas para isso. Como dizer, sem ter certeza, que o trabalho que fazem é mal feito?
Sim, quase todas as grandes indústrias aceleram processos para que a cerveja fique pronta mais rápido. Sim, quase todas usam milho e outros cereais não maltados na composição de suas cervejas. Mas isso não significa que sejam mal feitas, e sim que estão inseridas em um modelo de negócios que visa a quantidade de vendas e o preço baixo nas gôndolas – duas coisas diretamente ligadas. Podem, sim, ser muito bem feitas, dentro de suas respectivas propostas. Por outro lado, tem muita cervejaria dita “artesanal” que deveria ser obrigado a devolver o dinheiro de seus clientes por propaganda enganosa. Já tomei algumas dessas que me fizeram pensar “porra, por esse preço eu tomaria uma caixa de Brahma e seria mais feliz!”.
2 – “Essa cerveja é puro malte? Se não for, não presta”
Esse mito é o que mais tem feito vítimas incautas ultimamente. Cientes do crescimento do interesse por cervejas com mais qualidade, as grandes indústrias, com a força do marketing, criaram a ideia de que basta estampar “puro malte” no rótulo e pronto, temos uma grande cerveja – e podemos cobrar um pouco a mais por ela. Pela legislação brasileira, o termo significa que a cerveja usou apenas malte de cevada em sua composição. Mas isso está longe de ser um sinônimo de qualidade superior. Por exemplo, você acha uma Budweiser pior do que uma Império? Eu particularmente acho que não. No entanto a Bud usa arroz em sua composição, enquanto a Império é uma puro malte. Uma boa cerveja do estilo witbier, como a Hoegaarden, usa uma boa porcentagem de trigo cru na composição, e não deixa de ser deliciosa por isso.
Há exemplos ainda mais dramáticos. As Lambics, cervejas belgas entre as mais prestigiadas (e caras) do mundo, usam até 30% de trigo não maltado em sua composição. E as Flanders Red Ales, outro estilo belga ácido e com sabores complexos, usam, pasmem, até 20% de milho em suas receitas. Nas prateleiras de nossos supermercados seriam desprezadas por certo tipo de consumidor porque não trazem as palavras mágicas “puro malte” em seus rótulos.
Com isso eu quero dizer que as “puro malte” são necessariamente ruins? Não. Apenas que o fetiche em torno delas pode trazer mais prejuízo do que prazer.
3 – “Não gosto dessas cervejas artesanais porque são muito amargas”
Aqui acho que existe uma explicação lógica para a formação do mito. O mercado brasileiro de cervejas artesanais foi totalmente influenciado pelo mercado americano. Nossos pioneiros, lá na década de 1990, tentavam emular a fórmula de sucesso dos cervejeiros americanos, que lideraram a chamada “revolução artesanal” a partir da década de 1980 naquele país. As IPAs (estilo com grande quantidade de lúpulos e amargor pronunciado) foram o grande carro-chefe dessa revolução, o que se refletiu aqui no Brasil. Passar de uma levíssima “pilsen brazuca” (não, nossas cervejas de massa não são pilsen de verdade) para uma IPA certamente deve ter sido um baque, do qual muitos ainda não se recuperaram.
O ideal é fazer uma transição lenta, que passe por outros estilos até chegar em cervejas mais amargas. Mas na vida real muitas vezes a pessoa chegou no supermercado e pensou “vou dar uma chance pra essas cervejas diferentes”. Aí gastou o quíntuplo do que gastaria, tomou uma cerveja que lhe pareceu um chá amargo, e pronto, nunca mais voltou pras “diferentes”. Não podemos culpá-las, é um raciocínio lógico. Mas podemos recuperá-las, em nome de Ninkasi, deusa sumeriana da cerveja.
4 – “Você gosta dessas cervejas artesanais, mais encorpadas, né?”
Isso eu já ouvi uma quantidade de vezes que nem consigo precisar. A ideia de que cerveja especial é mais encorpada deve nascer da mesma lógica citada aí acima. A pessoa tomou um estilo mais “pesado”, não sabe que existem mais de cem estilos de cerveja, e acha que são todos assim. Sim, existem cervejas que podem ser densas, até licorosas, outras que podem chegar a dois dígitos de teor alcoólico. Mas também existem cervejas artesanais que podem ser levíssimas, mais leves até do que nossa Skol de todo dia. Uma boa Berliner Weisse (cerveja ácida alemã) deve ser extremamente refrescante, leve e com teor alcoólico na casa dos 3%. Sim, nossas cervejas de massa são leves. Mas, sim, há cervejas tão ou mais leves do que elas, mesmo entre as artesanais.
5 – “Essas cervejas especiais são muito caras!”
Infelizmente, esse não é um mito. Já citei aqui no texto que as cervejas especiais em geral são feitas por empresas menores, respeitando os tempos de cada etapa de produção e com ingredientes mais selecionados. Tudo isso é um pressuposto, e se os pressupostos forem cumpridos, é impossível que as cervejas sejam vendidas pelo mesmo preço que as cervejas “de massa”. Picaretas da cena artesanal fazem as mesmas coisas que as grandes empresas mas se vendem diferentes, e estão certamente fadados ao fracasso a médio e longo prazo – mesmo que lucrem um pouco no começo.
O que é caro e o que é barato? Essa é uma discussão quase filosófica. Comprar algo que te dá prazer, mesmo que por um preço maior, pode sair barato. E tentar economizar e ter uma experiência ruim pode ser caro. Ao mesmo tempo, o Brasil é um país de imensas desigualdades sociais, portante é simplesmente maldoso julgar quem toma sua Crystal ou sua Samba (sabe que eu tomei e não é tão ruim quanto o preço sugere?). Muitas vezes é o que dá, e o prazer de uma boa roda de amigos compensa a falta de sabores da cerveja. Cada qual toma suas decisões baseado nas suas prioridades.
Em resumo: o leque de cervejas diferentes é tão vasto que é impossível tomar uma e falar “não gosto de cerveja artesanal, vou voltar pra minha Brahma”. A pessoa pode não ter gostado daquele estilo. Mas existem, literalmente, centenas de outros para experimentar. E apesar de eu respeitar o sagrado direito da pessoa não querer experimentar coisa nenhuma, acho uma pena ter tantas tintas pra escolher e pintar tudo sempre com a mesma cor. De monocromático já basta o cinza do Brasil atual. E é melhor eu parar porque prometi que não falaria de política…
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Baião de Dois #168 – Série C e sua primeira decisão
Nossos cabras puxaram suas calculadoras para levantar as projeções dos times que poderão avançar de fase em última rodada repleta de clássicos e, na contramão, o desabafo da torcida ABCdista ao deparar com o rebaixamento à Série D.
No Brasileirão, tivemos a segunda vitória do Azulão das Alagoas, a primeira sob o comando de Argel Fucks e aquele tradicional tratamento não muito amigável com o CSA.
Por fim, o jogo do Ceará contribuiu para que citarmos alguns pitacos sobre o assunto mais polêmico em vigência no futebol brasileiro: o VAR.
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Thunder #247 Sessa
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Lado B do Rio #115 – Deputada Mônica Francisco
O papo desta semana é com a cientista social, pastora evangélica antifundamentalista e deputada estadual diretamente do Morro do Borel, Mônica Francisco (PSOL-RJ). Conversa ampla sobre as contradições do cristianismo conservador, a disputa na fé da classe trabalhadora e o diálogo com as bases. E, claro, o governador assassino que comemora mortes sem constrangimento.
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Playbook #59 – A culpa é do Baker
TRADUZINDO O JOGO (1’48) – Baker Mayfield disse no perfil publicado pela edição americana da revista GQ que não entendeu o draft do NY Giants. Desrespeito com o colega e calouro – como ele foi ano passado – Daniel Jones? Falta de ética? Ou só mais uma polêmica?
AUDIBLE (43’00) – Antonio Brown e Odell Beckham em debate. A insistente novela do capacete do WR dos Raiders e OBJ ainda falando do ex-time.
TWO MINUTE WARNING (53’10) – Rápidas chamadas sobre a pré-temporada – a indefinição com Elliott em Dallas e as atuações ruins de Garoppolo em San Francisco.
Pensamos muito se este episódio deveria ir para o ar. Fosse como nas duas primeiras temporadas do Playbook, quando produzíamos nosso conteúdo ao vivo, talvez este seria um texto de despedida.
Não é um exagero ou uma tentativa barata de chamar sua atenção com polêmicas artificiais. Nesta semana o clima esquentou, de fato, entre a gente. O motivo foram as declarações de Baker Mayfield, falando sobre a escolha dos Giants por Daniel Jones.
Não, o Cleveland Browns não vai enfrentar a franquia de NY e a declaração por assim dizer parece vazia, apenas para causar. Ainda mais com o autor dela dizendo posteriormente que “não é bem assim, não foi isso que disse…” Temos visões diferentes sobre o tema (ainda bem). E por mais que o entrosamento seja uma marca do time que faz o Playbook, nesta semana o caldo azedou.
Spoiler – tá tudo bem, tá? E voltaremos sim, na semana que vem.
Que comecem os jogos.