Vice-campeão da Copa Conmebol de 1999, o CSA ficou a poucos minutos de sua maior glória, internacional e linda. A derrota para o Talleres na última edição da Copa Conmebol é, ainda assim, uma boa história para ser contada, depois de uma organização conturbada e um tetracampeonato estadual. Na história contada por Paulo Jr e Leandro Iamin tem família Collor, visto negado, zagueiro vilão que vira herói e um tanto mais. Valeu, CSA!
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Vaidapé #63 – #EleNão
A equipe do #VaidapéNaRua não fica em cima do muro e abre os microfones para falar sobre a campanha #EleNão, que mobilizou grande parte da população brasileira sob o protagonismo de milhões de mulheres para barrar a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência.
Quais os impactos que as manifestações por todo o país podem ter nos eleitores? Artistas que se posicionam influenciam os votos? O que Bolsonaro já fez no Congresso? Que história é essa de voto útil? São algumas das questões debatidas por Mano Xei, Ozie e Leandro Iamin durante o podcast.
O publicitário Cacá Tibérius falou sobre os índices de buscas na internet de cada candidato e as tendências indicadas pelos dados. E nosso grande DJ Pae Vito falou em sua coluna musical sobre as histórias por trás do álbum Luz, do cantor alagoano Djavan.
Confira as opiniões quentes da equipe #VaidapéNaRua YêêêsssII!
Escute o programa na íntegra e assine o feed do #VaidapéNaRua. Siga sintonizado também todas às quartas-feiras, a partir das 18h, ao vivo, pela Central3 e pelo Facebook da Revista Vaidapé.
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Os condutores da minha charrete
Por Luiz Felipe de Carvalho
A década de 1980 está na moda. Está em séries, filmes, livros, música, decoração, moda, tudo isso em pleno 2018. A explicação é simples, claro: nós, nascidos nela, estamos ficando tiozinhos (as) e fazendo nossos filmes, escrevendo nossos textos, criando nossas séries, desenhando nossas roupas, decorando nossos bares e restaurantes. Nada mais natural do que rememorarmos nossa infância. Mas não é bem isso que farei neste texto.
Nasci junto com a década, no ano redondo de 1980. Algumas coincidências mórbidas eu descobri há algum tempo: meu escritor favorito (Henry Miller), meu músico favorito (John Lennon) e meu cineasta favorito (Alfred Hitchcock) encontraram-se com o único mal irremediável nesse mesmo ano (em nome da ética devo dizer que as duas primeiras premissas são inequívocas, mas que Hitch está “apenas” entre meus cinco cineastas favoritos, não chega a ser “o” favorito, e foi colocado aí para que a coincidência fique mais perfeitinha). Com isso em mente me peguei a pensar, e a pesquisar, sobre o que nasceu junto comigo e é importante para mim. Não exatamente pessoas, mas obras de arte. Discos, para ser mais preciso, já que esta coluna é majoritariamente sobre música.
(Mas abro um parêntese rápido para dizer que foi um bom ano para os filmes, com coisinhas como “O Touro Indomável”, “O Iluminado”, “Vestida para matar” e “O Império Contra-Ataca”, além do primeiro “Sexta-feira 13” e do pior filme da carreira de Fellini, “Cidade das Mulheres”, uma chatice memorável)
Entre os discos, há vários que gosto, como “Back in black” do AC/DC, “Só nos resta viver”, da Angela RoRo, “The River”, do Bruce Springsteen e o da Rita Lee que tem “Lança Perfume” e outra penca de sucessos. Mas escolhi apenas três que moram mais profundamente nesse coração que tem 38 anos como eles. Não foram discos que eu necessariamente ouvi na minha infância, mas que vieram a ser importantes na minha formação – musical e até moral.
1 – Coração Bobo (Alceu Valença)
A arte da capa é simples e até meio tosca. Com a fonte sombreada em verde e mostrando Alceu com cabelos molhados e olhar lânguido, parece um disco com trilha sonora de motel. Triste de quem o descarta pela capa. O interior é poesia pura. Foi meu primeiro contato com canções dele menos conhecidas do público geral, e me lembro do choque ao perceber o quanto as melhores estavam escondidas. Outra coisa que me chamou a atenção à época que o conheci foi o cuidado de Alceu em colocar o ritmo de cada música no encarte, ao lado do nome da canção (tenho o encarte em mãos enquanto escrevo, e os ritmos são toada, xote, baião, côco, aboio, novena, maracatu, caminho da roça e canção).
Há duas regravações de Luiz Gonzaga, que também cumpriram um papel importante na minha futura busca por mais coisas do mestre Lua. Abrindo o lado B está “Na primeira manhã”, que depois ganhou regravação de Maria Bethânia. E há a sublime “A moça e o povo”, um poema musicado, que me emocionou aos vinte e poucos e me emociona até hoje. Uma retrato dolorido de um artista longe de sua terra e arrebatado, com tudo de bom e ruim que a palavra traz, pela capital do Rio de Janeiro.
2 – Abre-te Sésamo (Raul Seixas)
A arte da capa é simples e até meio tosca (eu já disse isso hoje?). Mostra Raul todo de branco, na Praia de Ipanema, com o volume das calças talvez mais aparente do que deveria. Mas não foi esse o disco que me fez conhecer o outro lado de Raul além dos sucessos “Gitá/Ouro de Tolo/Tente Outra Vez” e afins. Foi uma coletânea chamada “A arte de Raul Seixas”, que eu delicadamente roubei de uma tia. Apesar de ser uma coletânea havia ali algumas canções menos conhecidas que me fizeram empinar as orelhas para o baiano. Daí passei a comprar tudo dele, e naquela época as Lojas Americanas vendiam quase todo seu catálogo (eita saudade disso). Numa dessas comprei “Abre-te sésamo”, que tem pouquíssimos sucessos, mas uma sucessão (pegou o trocadilho?) de músicas boas – as mais conhecidas são “Rock das Aranha”, especialmente pela regravação do Ultraje a Rigor (cujo vocalista se transforma cada vez mais em triste figura) e “Aluga-se”, notadamente pela versão dos Titãs.
O parceiro da vez é Cláudio Roberto, mas há espaço até para um canção de Raul Varella Seixas, o pai de Raul. Imbuído do papel de profeta, Raul chega a fazer na faixa “Anos 80” um diagnóstico da década que mal tinha começado: “Hey, anos 80/ Charrete que perdeu o condutor/ Hey, anos 80/ Melancolia e promessas de amor”. No meio de pérolas como “Baby” e a própria faixa-título, destaca-se para mim a única música que Raul assina sozinho no disco, “Conversa pra boi dormir”, de versos como “Dizem que Deus não quis dar asa à cobra/ Seria um bicho ameaçador/ Mas tem uma peste delas avoando que o diabo fez enquanto Deus marcou”. Não sou lá um cara muito religioso, portanto é irônico que o “profano” e “satanista” Raulzito tenha sido o responsável por me ensinar que “Jota Batista batizou Jesus”, verso inicial da canção e que sempre me vem à mente quando quero relembrar o responsável pelo ato histórico.
3 – Oswaldo Montenegro (Oswaldo Montenegro)
A arte da capa é simples e até meio tosca (designers, onde vocês estavam nessa porra desse ano?!). Ao menos é uma pose não posada, com o artista fazendo o que sabe. Minha relação com Oswaldo é diferente da relação da maioria das pessoas com Oswaldo. Isso porque tenho uma tia, aquela mesma da qual roubei o cd do Raul, que tinha uma relação “luansantanesca” com Oswaldo. Ela era tipo a maior fã do universo, de ouvir disco e chorar, de ir a shows, de tudo (e peço desculpas aos deuses da música por comparar Oswaldo Montenegro com Luan Santana, me referia mais a essa relação de fã meio maluca). Então Oswaldo pra mim entra um pouco no terreno da mitologia, de ver minha tia toda arrumada pra ir ao show, de não poder ir junto porque era muito pequeno, de depois ficar perguntando como foi, que música ele tocou, de ficar ouvindo meu tio tocar suas músicas, enfim, era algo até próximo da magia (e os magos todos louvados sejam!).
Esse disco de 1980 é tão bom que parece um “best of”. Tem “Bandolins”, “Intuição” e “Agonia”, três grandes sucessos da carreira de Oswaldo. Tem a participação de Jane Duboc na belíssima “Ao nosso filho morena”. Tem produção de Liminha e direção artística de Sérgio Cabral (o pai, bom que se diga). E tem “Aquela coisa toda”, uma singela e pungente canção sobre um fim de relação que já chamava minha atenção mesmo quando eu era pequeno e não tinha tido uma puta de uma relação amorosa na minha vida – a não ser com a Mônica, a filha do Maurício de Sousa.
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Narrativas – Episódio Zero
No programa de estreia do Narrativas, a editora Ana Lima Cecilio conversa com Fabiano Curi, diretor editorial, e Graziella Beting, editora-chefe, sobre a Carambaia: como surgiu, sua proposta, e contam algumas curiosidades. Eles falam também sobre projetos futuros e sobre o podcast, é claro.
O que é o Narrativas?
Narrativas é o podcast da editora CARAMBAIA. Com participação de jornalistas, escritores, designers e editores de outras casas editoriais, a Carambaia propõe uma conversa descontraída sobre o mundo literário a partir de assuntos relacionados a seus livros – mercado editorial, diferentes tipos de editoras, experiências como profissionais da área e, sobretudo, como leitores. Um novo programa a cada quinze dias.
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Bundesliga no Ar #38 Euro na Alemanha!
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Desqualificadas #15 O tempo entre costuras (e bordados)
Episódio #15 – O tempo entre costuras (e bordados)
Para celebrar o (incrível) movimento de retomada dos trabalhos manuais e pequenas marcas, essa semana convidamos Renata Dania do Clube do Bordado e Patricia Cardoso, Costureira e ambas Youtubers, (e nossas crushes), pra falar sobre heranças familiares, empreendedorismo, auto sabotagem, união das artesãs e yoga molhada.
O Clube do Bordado – https://bit.ly/2OPlnT2
Patricia Cardoso – https://bit.ly/2N11ztX
Maximus Tecidos – https://bit.ly/2OZwd8M
Instagram:
Renata Dania : https://bit.ly/2Ihkf81
Patricia Cardoso : https://bit.ly/2N4NJqB
Regards Coupables : https://bit.ly/2NINLd2
Marca Fala: https://www.instagram.com/marcafala/
Livros:
Calibã e a Bruxa: Mulheres Corpo e Acumulação Primitiva – Silvia Federici
Cem Anos de Solidão – Gabriel García Márquez
O mundo de Sofia, O Dia do Curinga e Maya – Jostein Gaarder
O Guia de Sobrevivência a Zumbis – Max Brooks
Podcast do Publishnews com Beatriz Alves:
https://bit.ly/2xG5jMF
Série: Fear of the Walking Dead
https://bit.ly/2OkkaWy
Apadrinhe a Central 3 – Viva a produção de conteúdo independente!!
http://bit.ly/centraltres
Conversa com a gente:
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Instagram: @asdesqualificadas
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SDT Na Bancada #08 Os Belenenses
Atravessamos o Atlântico para desembarcar nas arquibancadas portuguesas, mais precisamente no Estádio do Restelo!
Edgard Macedo, sócio do Clube de Futebol Os Belenenses, nos explica com detalhes a guerra dos adeptos contra a Sociedade Anônima Desportiva que se apropriou da equipa que interrompeu a hegemonia d’Os Três Grandes do país, ao sagrar-se campeã nacional na temporada 1945-46.
Além dos nossos titulares – Gabriel Brito, Irlan Simões, Matias Pinto, Thiago Cassis – contamos com a participação de Emanuel Leite Jr, novo membro da equipe, que trouxe um amplo panorama da empresarialização dos clubes em Portugal.
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Playbook #34 Crise no Patriots
O Playbook #34 está pegando fogo, com direito a discussão entre os especialistas. Tudo, claro, com respeito e democracia. E com muita informação da forma que o ouvinte se acostumou a receber no podcast que fala de futebol americano de um jeito fácil.
Neste episódio falamos de Baker Mayfield, a sensação entre os calouros, e das outras caras novas. É uma temporada completamente imprevisível e um dos motivos disso está nas mudanças das regras – beneficiando os jogadores de ataque, sobretudo.
O assunto mais polêmico do dia está na situação atual de Tom Brady e companhia. Está chegando ao fim a dinastia?
Vale clicar para conferir.
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ZAL #01 Editoras independentes driblam a crise
O Zona Autônoma Literária – podcast pirata das editoras independentes está no ar! Uma produção da Central 3 e da Autonomia Literária com novos episódios quinzenais, às quartas-feiras.
Neste primeiro programa, tratamos da crise do mercado editorial (em cenário de calotes de grandes redes, fechamento de lojas e queda no número de livros vendidos no país) e do que as editoras independentes estão fazendo para seguirem tocando o barco. Na bancada, Paulo Junior e Cauê Ameni (Autonomia Literária) receberam Simone Paulino (Editora Nós) e Rogério de Campos (Editora Veneta). A leitura que abre o papo, na voz de Daniel Corral, é do início de TAZ – Zona Autônoma Temporária, de Hakim Bey, lançado no Brasil pela Veneta.
E mais: todo episódio conta com o quadro ‘Poesia Marginal’ (neste programa, um poema de Emerson Alcalde, com participação de Kamau e Mautari) e, no fim do papo, traz também cupons de desconto para compras de livros nos sites das editoras – nesta edição, para Veneta e Autonomia.
O ZAL debate política, economia, cultura e temas urgentes do nosso tempo, sempre sob mediação dos últimos lançamentos de uma rede de selos parceiros. E mais: senso crítico sobre o mercado editorial e as novidades do mundo dos livros no Brasil e no mundo. Uma produção de Paulo Junior, Cauê Ameni, Daniel Corral e Guilherme Ziggy.