20 Momentos Superclásicos

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Em um horizonte onde salpicam promessas de Superclásicos históricos – contando com a 74ª vitória azul y oro ontem, na Bombonera, serão três partidas em apenas dez dias – Boca e River são protagonistas de momentos que marcam a memória dos torcedores. Na esperança que novos capítulos aconteçam nos próximos jogos, relembramos vinte situações (dez de cada time) que jamais serão esquecidas tanto por bosteros quanto por gallinas.

Vejamos:

TOP 10 BOCA JUNIORS

10- La radio de Comizzo

 

Mais do que um episódio pró-Boca, este é um capítulo curioso da história deste clássico. Outra vez o cenário foi a Bombonera. No Superclásico válido pelo Apertura de 1992, o Boca recebeu o River e ia vencendo por 1 a 0 graças ao gol do uruguaio Sergio Manteca Martínez. O árbitro do encontro marcou um pênalti a favor do Millonario. A cobrança seria executada por Hernán Díaz no gol às margens rio Riachuelo.

Foi então que o protagonismo passou para o outro lado do campo, onde estava o goleiro Comizzo. A torcida do Boca atirou um rádio de pilhas na direção do arqueiro. O aparelho caiu no gramado e foi prontamente apanhado pelo camisa 1 do River, que virou de costas para a cobrança, colocou os fones de ouvido e sintonizou alguma estação para escutar o destino que o pênalti teria.

No final, decepção. Hernán Díaz chutou cruzado e o goleiro Hugo Navarro Montoya pulou para defender, garantindo o 1 a 0 definitivo.

9- “A River se le cayó la bombacha”

Foi em 1997. Diego, com quase 37 anos, jogou seu último Superclásico e a última partida oficial. No Monumental de Nuñez, o Boca venceu por 2 a 1 de virada, com gols de Toresani e Palermo.

Maradona foi substituído no intervalo. Chegou no vestiário Xeneize, tirou a camiseta e disse que queria sair. O técnico Bambino Veira colocou El Pájaro Caniggia no seu lugar. Mais do que pedir a substituição, Diego já estava convicto de que aquele dia seria o seu último como profissional, o melhor naquilo que se dedicou a fazer.

Sem que a torcida soubesse, naquela tarde de sábado, um tal Juan Román Riquelme jogou seu segundo Super. Quase uma passagem de bastão. Muitos românticos insistem que Román entrou por Maradona, mas não foi assim. O futuro camisa 10 entrou também no intervalo, mas no lugar de Vivas.

E no apito final, Diego foi Diego.

Finalizado o encontro, fez gestos obscenos para a tribuna local e disse aos jornalistas uma de suas mais recordadas frases: “A River se le cayó la bombacha“.

Grande, Diego!

8- Boca da la vuelta en el Monumental

Existe algo que é questão de honra na Argentina. Dói no fundo da alma do torcedor ver o rival dar a volta olímpica em casa. Em 1969, o Boca foi até o Monumental e fez da casa do River o palco de sua volta olímpica.

O plantel Xeneize era comandando por ninguém menos que Di Stéfano, e jogava um futebol que tradicionalmente é a marca registrada das canteras millonarias. Ofensivo, abriu 2 a 0 no placar, mas logo cedeu o empate. Porém, o resultado era o suficiente e deu o título ao Boca, que tratou de festejar como qualquer campeão merece.

Enquanto eram aplaudidos pela torcida contrária, em um tempo onde se valorizava mais o bom futebol do que a própria rivalidade, os funcionários do clube de Nuñez decidiram que de alguma maneira deveriam impedir o festejo. A solução encontrada foi abrir as torneiras no gramado do estádio.

Não adiantou nada. Eles festejaram do mesmo jeito. A única diferença é que o fizeram molhados.

7- El nucazo (que no fue) de Guerra

Um dos grandes triunfos nessa história Superclásica aconteceu no Clausura de 1996, na Bombonera.

O River tinha acabado de sagrar-se campeão da Libertadores e contava com uma equipe recheada de talentos. Francescoli, Salas, Sorín, Ortega, Gallardo, Astrada… E foram esses homens que buscaram o empate por duas vezes na casa do rival.

O Millo se cansava de perder gols. Poderia ter definido a partida, mas eis que nos descontos surge um herói improvável. Hugo Romeo Guerra aproveitou a falha do goleiro Burgos e NUCOU para o fundo do gol. Boca 3 a 2.

Ainda hoje Guerra tenta explicar: “No fue nuca, fue pariental“.

Sinceramente, o que isso importa, Guerra?

6- El Topo Gigio

A mais clássica comemoração Riquelmista, e tão imitada ao redor do mundo, surgiu justamente em um Boca x River.

Em 2001, o presidente do Boca era Mauricio Macri, hoje prefeito de Buenos Aires. As negociações sobre a renovação contratual de Román estavam esfriando porque o presidente do clube não queria ceder aos valores pedidos pelo craque.

No Superclásico válido pelo Clausura daquele ano, Riquelme marcou o segundo gol Xeneize na vitória por 3 a 0. Saiu correndo livrando-se dos braços e abraços dos companheiros e parou no meio de campo, bem em frente ao camarote do presidente Macri. Levou as mãos às orelhas como quem quer escutar o que o outro tem a dizer, mesmo sabendo que o tal outro já não possui nenhum argumento convincente.

Depois, nas entrevistas pós-partida, Riquelme dissimulou. Disse que o festejo era uma homenagem à filha Florencia, fã do personagem infantil Topo Gigio.

Román, nós sabemos a verdade. E você também.

5- El muletazo de Palermo

https://www.youtube.com/watch?v=gSSQJDrwsHs

Quartas de final da Copa Libertadores de 2000. No jogo de ida, vitória do River por 2 a 1 no Monumental. O Boca precisava vencer por dois gols de diferença na Bombonera para evitar os pênaltis e conseguir a classificação para as semifinais.

Na semana prévia à partida de volta, Carlos Bianchi disse que anteciparia o retorno de Palermo, que estava seis meses sem jogar devido a uma grave lesão. Tolo Gallego, então treinador do Millonario, assegurou que se Bianchi levasse Palermo para o Superclásico, ele levaria Enzo Francescoli, já aposentado. Desatou o riso geral dos jornalistas que acompanhavam a coletiva.

Na Bombonera, Gallego obviamente não levou Francescoli, ao contrário de Bianchi que apostou em Palermo e o Boca venceu por 3 a 0.

4- La gallina de Tevez

Naquele que foi o infartante Superclásico da semifinal da Libertadores de 2004, o River vencia por 1 a 0 com gol de Lucho González, quando Carlos Tevez, aos 43 minutos do segundo tempo, empatou a partida e comemorou provocativo, imitando uma galinha no gramado do Monumental.

O festejo rendeu a expulsão do atacante. No apagar das luzes o River empatou, mas os Xeneizes avançariam para a final nas penalidades.

Recentemente, jogando pela Juventus, Tevez voltou a marcar e, sabedor dos jogos que estão por vir, festejou imitando uma galinha novamente.

Mas lá na Itália não há alegação para expulsa-lo.

3- La patada de Krupoviesa

O Superclásico argentino possui uma longa lista de jogadas, digamos… ríspidas.

O pisão de Altamirano em Fabbri na goleada do Boca no Clausura de 96, a entrada violenta de Pasucci a Ruggeri no Monumental, o famoso pontapé de Berti em Cabañas no campeonato de 92, o carrinho de El Chino Garce  – trae alfajores, Garce – em Fabián Vargas na Libertadores de 2004, o soco desferido por Graciani em Serrizuela, o arañazo de Gallardo em Abbondanzieri e… a incontavelmente repetida entrada de Krupoviesa em Rolfi Montenegro – que já rendeu até tatuagem – no clássico válido pelo Apertura de 2006.

Kupro

Em depoimento ao site Cancha Llena há três anos atrás, o ex-defensor admitiu: “La gente aún me recuerda mucho esa jugada“.

Não é por menos, Tucumano.

2- El caño a Yepes

Vinte e quatro de maio. Data marcada como feriado no calendário Xeneize. Há quinze anos atrás (praticamente), no Superclásico válido pelas quartas de final da Copa Libertadores, o Boca venceu e eliminou o rival da competição.

A noite irretocável, marcada pelas grandes atuações de Riquelme e Palermo (item 5) ganhou o apelido de El día de la paternidad, batismo dado pelos hinchas de Boca, obviamente.

O fato ocorreu no segundo tempo. Riquelme dominou a bola no meio de campo, passou o pé sobre ela e, ao sentir o bote de Yepes, rolou mansamente a pelota por entre as pernas do defensor colombiano, que depois foi cumprimenta-lo pela bela jogada.

Mítico.

1- El gol de Diego

“Ta, ta, ta, ta, ta, que sea, que sea, que sea… gooooooooooool”

Já se passaram 34 anos desde que aquela bola estufou as redes do arco da Casa Amarilla. Mas este gol ganha importância no compasso do tempo.

No Metropolitano de 1981, o Boca venceu o River Plate com um sonoro 3 a 0 na Bombonera. E o último gol, anotado por um jovem Diego Armando Maradona, entrou para a História por ser o primeiro anotado por ele, bostero assumido, no maior rival.

Maradona recebeu o cruzamento de Córdoba, driblou ninguém menos que o ídolo Fillol e chutou para o arco vulnerável, então desesperadamente defendido por um Tarantini que ainda tentou esticar os braços para impedir o festejo. Em vão. Tremendo golaço!

O tento é tão marcante que os torcedores xeneizes que tocam o Gritalo Otra Vez, onde recriam, além de gols, grandes momentos da história do Boca, decidiram que este seria o motivo do primeiro capítulo da série. E ficou bem legal. E com a queda do fotógrafo incluída.

TOP 10 RIVER PLATE

10 – El chancho bostero

Em 2012, Roger Waters apresentou o mitológico The Wall, do Pink Floyd, no estádio Monumental de Nuñez. Foram nove apresentações em uma cancha que se enchia a cada nova função. Foram apenas nove, mas se fossem dez, quinze, vinte, vinte e cinco… estaria sempre repleta.

Naquela época, o River ainda perambulava perdido pela B Nacional. Alguns torcedores do clube que foram ao show de Roger Waters ficaram impressionados quando o imenso porco voador sobrevoou o público durante a música In the Flesh. Prometeram que no próximo encontro com o rival fariam o mesmo, mas com algumas adaptações conceituais.

E assim foi. Em outubro daquele ano ocorreu o primeiro Superclásico posterior ao retorno do River Plate. No estádio lotado, os hinchas da casa vibraram quando um enorme porco vestido com as cores do Boca começou a subir desde a San Martín baixa em direção ao setor visitante. Imediatamente foi batizado aos gritos de: “Riqueeeeeelme, Riqueeeeeelme, Riqueeeeeelme“.

Os xeneizes, que ainda não tinham visto o tal porco, estranharam a reação da torcida rival. Só foram compreender a situação quando o simpático chanchito despontou, pairando calmamente sobre eles.

9- La pelota naranja

O River é o único time de futebol que conseguiu dar mais uma volta olímpica na Bombonera. A primeira foi em 1942, quando a Maquina Millonaria, comandada por Muñoz, Moreno, Labruna, Pedernera e Deambrosi – que posteriormente cedeu lugar na equipe a Loustau – empatou por 2 a 2 com os donos da casa e sagrou-se campeão. Depois, em 1955, a vitória por 2 a 1 rendeu o título e de certa forma também devolveu a trágica derrota sofrida por 4 a 0 sofrida no Monumental.

A última vez que isso aconteceu foi em 1986, no dia da famosa pelota naranja, um pedido especial do arqueiro Loco Gatti, que dizia que a cancha estaria tão repleta de papéis picados que seria difícil visualizar o objeto de desejo dos jogadores. Em função disso, o primeiro tempo foi disputado com uma bola laranja, e o segundo com uma “convencional”.

Naquele domingo, o River já chegava como campeão argentino. Porém, era latente o desejo de dar la vuelta na casa do maior rival. Beto Alonso brilhou, o River venceu por 2 a 0 e deu sua merecida volta olímpica.

Depois teve que sair protegido pelos escudos da polícia, é bem verdade…

8- El cabezazo de Maidana

Sabe aquela história de que não se festeja gol marcado em time onde já se jogou? Bom, a regra não vale em um Superclásico, é claro.

E Jhonatan Maidana, de histórico na Ribera, subiu mais que todo mundo no Super válido pelo Apertura de 2010, para marcar o único gol do jogo e dar a vitória ao River Plate. Saiu comemorando e gritando, como é de se esperar de qualquer jogador de futebol.

De quebra, gerou uma das melhores narrações de gol da história do clássico.

Mas ele gritou sim, Costafebre.

7- El Superclásico de 72

Muitos dizem que este foi o maior Superclásico de todos os tempos. E se isso realmente for verdade, os torcedores do River podem cantar vantagem de terem sido os vitoriosos do grande embate entre os dois gigantes.

Aconteceu no campeonato Nacional de 1972, no estádio do Vélez Sarsfield. O River abriu 2 a 0 de vantagem, mas o Boca foi avassalador e conseguiu virar para 4 a 2. O Millo, sabe-se lá como, conseguiu buscar heroicamente o empate e, faltando um minuto para o final de jogo, o triunfo ao marcar com Morete.

Final River 5×4 Boca. Tremendo!

6- El penal de Gigliotti

Pode uma jogada aposentar um jogador? Talvez. Gigliotti não foi exatamente aposentado, mas teve que ir jogar seu futebol lá na China.

Na semifinal da Copa Sul-Americana de 2014, na partida de volta no Monumental, o Boca teve a chance de sair na frente em um pênalti que Emanuel El Puma Gigliotti se encarregou de executar.

Ele escolheu o canto e Barovero também. Para azar de Gigliotti, e para a explosão do Monumental abarrotado de hinchas  millonarios, o canto foi o mesmo para ambos.

Depois daquilo, Gigliotti chegou a jogar mais algumas partidas com a camisa do Boca. Os torcedores tentaram minimizar, disfarçar um possível incômodo com a penalidade desperdiçada e até cantaram seu nome. Porém, na primeira oportunidade de negócio para o exterior, tanto atacante quanto o clube decidiram que era a hora certa para dar tchau.

Já os torcedores do River até criaram uma peña, espécie de agrupação de torcedores, que foi batizada ironicamente como PEÑA EMMANUEL GIGLIOTTI.

Peña Emmanuel Gigliotti

5- No fue corner

Em 2014 o River não perdeu uma partida sequer para o maior rival. Foram 8 jogos e nenhuma derrota. No total, 4 vitórias e 4 empates contando tudo; amistosos, campeonato local e Copa Sul-Americana.

Uma das grandes partidas do ano passado é a enorme vitória conquistada na casa Xeneize. O River abriu o placar com gol de Lanzini. Riquelme empatou em uma belíssima cobrança de falta. O tento da vitória viria aos 40 minutos do segundo tempo, em uma cabeçada indefensável de Funes Mori.

Mas aí é que está. O lance que originou o gol do zagueirão foi fruto de uma má decisão arbitral. Néstor Pitana deu escanteio a favor do Millonario em um lance que deveria ter sido tiro de meta para o Boca.

Diante do chororô dos rivais, Teo Gutierrez desatou a polêmica ao aparecer na capa do diário Olé sustentando o cartaz: “NO FUE CORNER“, com um sorriso irônico no rosto.

No Fue Corner

4- Tapando la nariz

O bom futebol de Nuñez sempre contrastou com a garra a puro huevo de los de La Boca. Por isso, sempre que os millonarios pisam na cancha do rival, fazem questão de demonstrar o incômodo com o ambiente.

O folclórico gesto de tapar o nariz, uma referência ao péssimo cheiro do rio Riachuelo, contaminado e que recebe grande parte do esgoto da região, foi passando de geração a geração no River Plate.

Começou com Ángel Labruna, depois foi a vez de Ramón Díaz, Cavenaghi e mais recentemente Marcelo Gallardo, hoje técnico do River Plate.

3- La patada de Passarella a Diego

A patada de Passarella em Maradona está para os torcedores do River, assim como a patada de Krupoviesa em Montenegro está para os torcedores do Boca.

Foi justamente naquele Superclásico do Metropolitano de 81, já recordado neste texto. Maradona ganhou de Daniel Passarella no jogo de corpo, mas o Kaiser não deixaria Diego passar tão facilmente, com o caminho livre para o gol.

Mesmo no chão, ele levantou a perna e derrubou o camisa 10 do Boca.

Inesquecível.

2- El día del caño

“Tomala vos, dámela a mí,
 si te quedas… ¿por qué no venis?
 Movela como sea,
 que ya llegó la hora
 del baile de la gambeta. 
Para cambiar de suerte“ (El baile de la gambeta – Bersuit Vergarabat)

Em 2007, o River sobrou pra cima do Boca. O 2 a 0 foi pouco para o que jogou aquele time orquestrado por Ariel Ortega. Quem também comeu a bola aquele dia foi El Enano Buonanotte, que deixou Neri Cardozo passando vergonha perto da linha lateral.

A vitória ficou conhecida como El día del caño. E que o diga Paletta, que sofreu uma dessas canetas humilhantes. Burrito jogou no meio das pernas do defensor que ainda tentou, sem sorte, fechar as pernas e evitar o papelão.

Orteeeeeeee! Orteeeeeeee! Orteeeeeeee!

1- La expulsión de Almeyda

Foi o último Superclásico de um ídolo da banda roja. Foi o triste último campeonato como jogador profissional de futebol. O primeiro e único rebaixamento na vida de um volante todo corazón.

Como jogador, Almeyda perdeu seu último confronto contra o rival de toda a vida. Diante da impotência daquele time, viu o vermelho depois de uma discussão com Clemente Rodríguez quando a partida já sacramentava o 2 a 0 definitivo para o Boca.

Ao deixar o gramado, Almeyda explodiu em fúria. Empurrou os policiais e seus escudos. Agarrou-se à camiseta, vestiu a armadura e beijou o escudo do River Plate. Gesticulou, insultou e discutiu contra toda uma Bombonera. Ele sozinho contra a torcida Xeneize.

Naquela tarde de domingo, Almeyda foi um gigante.

 

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