Qué se vayan todos!

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Um dos aspectos mais interessantes da Copa Libertadores é o intercâmbio cultural. Imagine outra situação na qual uma delegação formada majoritariamente por brasileiros, dois argentinos, um uruguaio e um chileno visitaria o interior da Venezuela, entre o lago Maracaibo e a Cordilheira dos Andes. Jogadores perfilados, prontos para execução do Hino Nacional, quando de repente a primeira estrofe passa de “Ouviram do Ipiranga” para “Oíd, mortales, el grito sagrado”. Apenas Edgardo Bauza e Ricardo Centurión teriam condições de seguir cantando, visto que a composição de Francisco Manuel da Silva e versos de Joaquim Osório Duque Estrada foi substituída pela Canción Patriótica.

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Antes do apito inicial, os hispano hablantes do plantel do São Paulo devem ter atentado para a enorme inscrição atrás do gol defendido inicialmente por Dênis: EL CEMENTERIO DE LOS GRANDES e esta foi a toada dos primeiros 45 minutos, nos quais os visitantes pareciam estar caminhando para a cova. A pressão da gente AURI MARRÓN nem se comparava à da estreia, quando o atual campeão River Plate pouco criou no 1º Tempo, mas mesmo assim os tricolores não se encontravam.

A péssima sequência de resultados – apesar do ponto importante trazido de Buenos Aires – explica a péssima forma em que o São Paulo chegou à Valera, e o gol de Rúben Rojas exemplifica isso. O camisa 19 se antecipou à Diego Lugano e subiu sozinho, aproveitando o cruzamento de Manuel Granado (que contou com a marcação frouxa de Eugenio Mena), para cabecear no canto oposto de Dênis.

Mi único héroe en este lío? [Divulgação / saopaulofc.net]
Mi único héroe en este lío? [Divulgação / saopaulofc.net]
A resposta veio logo na sequência, em bola alçada por Thiago Mendes – que tinha criado a única chance concreta até então, ao tirar tinta da trave de Héctor Pérez – para PH Ganso que dominou rápido e chutou sem chances para o goleiro adversário. E foi só!

Na volta do intervalo, Dênis quase repetiu a péssima jornada da semana passada, saindo mal para cortar um cruzamento e pagando geral após a conclusão errada de Rojas, mostrando a liderança frágil que o atual capitão exerce sobre os demais companheiros.

Um par de chutes à distância e uma cabeçada de Bruno foi o máximo que o São Paulo conseguiu até Carlinhos ser derrubado na área por Granados e o árbitro colombiano Wilson Lamouroux apontou para a marca da cal.

O camisa 10 assumiu a responsabilidade e a cobrança explodiu no travessão. Foi a terceira penalidade desperdiçada pelos comandados do Patón em quatro oportunidades.

A partir daí era cada um por si e nenhuma das três substituições surtiram efeito: Caramelo foi razoavelmente melhor do que Bruno, Rogério foi um pouco mais incisivo do que Centurión e o afobado Kelvin mal criou no lugar Carlinhos.

E quase que Los Guerreros de la Montaña ganham seu primeiro jogo pela Libertadores, se não fosse a chance incrível desperdiçada pelo colombiano James Cabezas em contra-ataque aos 43 minutos. Já o minuto 47 é sintomático para avaliar o caráter deste bando que vestiu a camisa tricolor; passes sem compromisso e pouca movimentação. Fosse uma partida de handebol o árbitro teria que penalizar os tricolores por JOGO PASSIVO. E esta falta de atitude pode custar a classificação à próxima fase, algo que não ocorre desde 1987, quando a América ainda não havia sido pintada de vermelho, preto e branco.

Faz 5 meses que Carlos Miguel Aidar renunciou à presidência do São Paulo FC, mas o clube segue sem comando dentro e fora de campo. Só me resta um grito, mescla da melodia eternizada por Benito di Paula com a fúria das calles (ou arquibancadas), que ecoa pelo continente em tempos de crise.

PS: apesar do título, este texto não é sobre política. Mas, estou lado a lado com o compa corintiano!

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