A cloroquina e o exército; O presidente e o presencial; 2022; Covid-17; e Sobre o uso único do PIB como medida de resultado de sociedade.
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#137: Horizontes amazônicos, com Bruno Malheiro
Bianca Pyl e Luís Brasilino entrevistam o geógrafo e professor Bruno Malheiro, autor, com Carlos Walter Porto-Gonçalves e Fernando Michelotti, do livro “Horizontes amazônicos para repensar o Brasil e o mundo” (https://bit.ly/2YedLmw), lançado em junho pela editora Expressão Popular em parceria com a Fundação Rosa Luxemburgo. A obra contextualiza histórica e geopoliticamente a conjuntura da Amazônia, do período pré-colombiano ao inferno bolsonarista. Fala sobre a combinação da acumulação por espoliação com o estado de exceção na exploração da região e seus povos, a escolha pela exportação de commodities, a importância dos povos para a formação e manutenção da floresta, a colonização da Amazônia, as ações da ditadura civil-militar, a fratura do território, um balanço da atuação dos governos progressistas na região e muito mais! Professor da Faculdade de Educação do Campo no Campus de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, Bruno possui graduação em Geografia pela Universidade Federal do Pará e é mestre em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da UFPA e doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente, ele coordena o Laboratório de Estudos em Território, Interculturalidade e R-Existência na Amazônia (LaTierra). Sugestões do Bruno: Seminário com José Quintero Weir, Sentipensar com a Terra (https://bit.ly/3lhsG8y); artigo José Quintero Weir, “Da ‘virada ontológica’ ao Tempo de Volta do Nós” (https://bit.ly/3Ank2da); documentário “Pisar Suavemente na Terra”, (https://bit.ly/2YulFsu). *Trilha: Neuber Uchoa, “Cruviana”; e Patricia Bastos, “Jeito Tucuju” (Val Milhomem e Joãozinho Gomes).
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Paddockast #124: Quem é favorito em cada pista que resta na F1 2021?
O Paddockast da semana é uma espécie de megaprévia das etapas que ainda restam no calendário de 2021 da Fórmula 1. Gabriel Curty apresenta a atração com os comentários de Ana Paula Cerveira e Evelyn Guimarães, que mergulham em cada uma das pistas que virão pela frente na disputa entre Max Verstappen e Lewis Hamilton e buscam saber quem são os favoritos. O programa tem produção de Pedro Prado e da Central 3, capitaneada por Leandro Iamin
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#15 – Legião Urbana (Participação: Paulo Junior)
Gil Luiz Mendes recebe o jornalista e cineasta Paulo Junior para falar sobre a obra da Legião Urbana através de versões que vão João Gomes a Attaque 77
1 – Letrux – Índios
2 – Pato Fu – Eu Sei
3 – João Gomes – Ainda é Cedo
4 – Raça Negra – Será
5 – Charlie Brown Jr – Baader-Meinhof Blues
6 – Alexandre Pires e Seu Jorge – Tempo Perdido
7 – Cássia Eller – Por Enquanto
8 – Attaque 77 – Fábrica
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Dia 1.009 | Um dia estranhamente tranquilo | 05/10/21
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Ainda somos
Por Luiz Felipe de Carvalho
O marido morreu numa esquina. Poética, por conta do Caetano, mas ela nunca viu poesia nenhuma em perder o marido, com uma filha de um ano e meio pra criar. Ele tinha saído da Drogaria São Paulo, tava um pouco distraído olhando a caixinha do remédio pra refluxo que tinha comprado, e uma van dos Correios levou tudo, ele, os remédios e a plaquinha com o nome das duas avenidas famosas, Ipiranga de um lado, São João do outro. Nunca mais que ela tinha passado por lá.
Naquela manhã, dez anos depois, ela não pensava no marido. Luzia, aliás, montou um esquema psicológico intenso para não pensar no marido nunca. Sem nenhuma ajuda profissional, claro, porque um profissional da cabeça provavelmente não aconselharia o esquecimento, e sim o luto completo. Mas, sem mais ninguém no mundo além da pequena Marinês, ela não podia fraquejar. E pensar no marido morto equivalia a fraquejar. Então chorou um pouco, sofreu, ali logo depois do acontecido, e depois nada. Nunca mais verteu lágrima. Ele era um homem bom, correto, inofensivo. Não muito apaixonante, um tanto apagado. Ela o amava de um jeito que quase não era amor, enquanto durou. Depois, nada. Se proibiu de sentir falta.
Entrava no consultório às oito, e como em todas as manhãs, nesta terça-feira de um maio mais frio do que o costume, estava acordando Marinês às seis e dez. Eu citei consultório, mas não expliquei o que fazia Luzia. Era secretária bilíngue de um médico porreta. Bilíngue porque falava árabe libanês, e o tal médico porreta, Dr. Sofrim, era queridíssimo da comunidade libanesa de São Paulo. Os pacientes mais velhinhos adoravam poder falar na língua pátria com a secretária do médico. Ganhava bem, ou assim assim. Quando ao acordamento de Marinês, era mais maneira de dizer, já que a menina, já meio que adolescendo, custava a acordar, ficava em estupor matinal, ia dormindo no banco de trás do carro, até ser deixada na escola.
Depois do café meio corrido, com Marinês ingerindo alimentos e líquidos quase que goela abaixo, Luzia fechou a casa, e abriu a garagem com o controle remoto. Marinês já se enfiou no banco de trás, estirando-se como podia, já corpulenta como estava. Luzia deu ré no carro e, um pouco distraída e irritada com a noite mal dormida, deu uma leve raspada na lateral do veículo enquanto passava pela apertada distância entre a caixa de correio e um poste de energia. Apertou o botão para fechar a garagem, e resolveu descer pra ver o tamanho do estrago. Era zero, não tinha acontecido nada. Quando voltava ao carro, Luzia viu se aproximar uma van dos Correios, que embicou perpendicularmente em relação ao carro dela. De dentro saiu um carteiro, que não fez nenhuma conta da presença de Luzia, e simplesmente enfiou o que tinha que enfiar na caixinha. Luzia não pensou muito naquilo, não esperava simpatia de ninguém. Também não tinha tempo de ver o que era, mas nada de importante é colocado na caixa de correio, então ela se foi.
Não é bom criar expectativas, esta estória não é de suspense. O que o carteiro deixou na caixinha foi uma conta de água, que já estava em débito automático, e uma carta de feliz aniversário enviada pelo dentista de Luzia – o aniversário de Luzia tinha sido há dois dias. Nada disso importava, primeiro porque não importava mesmo, e segundo porque não era de conhecimento de Luzia, que seguia com seu carro em direção à escola de Marinês. Era uma manhã comum, exceto pelo frio desnecessário, e um certo desconforto estomacal que Luzia sentia, com a comida querendo voltar pra boca. Culpa da pressa, da noite mal dormida (Luzia tinha transado na noite anterior, algo não muito comum), da irritação com a raspada do carro, da pressa de sempre. Cabe uma explicação melhor pra transa: Luzia esperou Marinês dormir e saiu com um garoto de programa, algo que fazia de tempos em tempos. Luzia permanecia fria, fria como sempre, ou como estava há dez anos, fria como aquela manhã de maio.
Luzia não era muito apaixonada por música (Luzia não era muito apaixonada por nada), mas sempre deixava um streaming de música tocando em modo aleatório, só pra fazer um barulho. Parou num semáforo da Angélica com a Baronesa de Itu, e, como quem não tem nada melhor pra fazer, prestou atenção na música, que conhecia bem, de outros tempos. Era a Elis cantando “Como nossos pais”. Até aí, Luzia nada sentia, apenas esboçou um leve esgar de reconhecimento. Até que vieram as palavras, os versos simples, que a acordaram do estupor, que não era o estupor inocente de Marinês ao acordar às seis e dez da manhã, mas um estupor auto-inflingido de total alienação. Os versos diziam “por isso cuidado, meu bem, há perigo na esquina”. Lembrou-se imediatamente da esquina onde o marido morrera. As lágrimas vieram tão frouxas que não exigiram nem uma careta de Luzia. Ela começou a cantar cada verso, enquanto um rio salgado, na falta de imagem melhor, lhe escorria do rosto. Antes que o semáforo abrisse, um rapaz, que estava no banco do passageiro de um carro de aplicativo, olhava aquela cena e pensava na relação tempestuosa que aquela jovem mulher deveria ter com os pais. “Tadinha”, pensou.
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Lado B Notícias #81 – Pela vida das mulheres
Fernanda Castro conversa sobre os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com Eleutéria Amora, coordenadora da Casa da Mulher Trabalhadora (CAMTRA) e com Marina Schuwarten, advogada feminista, pós-graduanda em Direitos das Mulheres e Práticas para uma Advocacia Feminista, pesquisadora no Grupo de Estudos sobre Aborto do Núcleo de Pesquisas e Sexualidades da UFES e do Grupo de Pesquisas sobre Direitos das Mulheres do LAEJU Bahia, integrante da Frente pela Legalização do Aborto no Espírito Santo.
O livro Um Segredo das Mulheres está disponível gratuitamente no site da Camtra: camtra.org.br/potfólio/um-segredo-das-mulheres
Hévilla Wanderley, em sua coluna, traz a ação antifascista contra os integralista que ficou conhecida como Guerra da Praça da Sé.
Entrevistado: historiador David Costa Rehem
Livro citado: As Forças Secretas da Revolução: antissemitismo do Sigma na Bahia (1933-1937) – Sagga Editora.
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Na Bancada Live #23 YankeeBall
Investidores norte-americanos estão avançando sobre o futebol europeu (e global) de forma voraz nessa retomada econômica pandêmica. La Liga já bateu o martelo quanto a uma acordo bilionário com a CVC enquanto a Serie A italiana negocia com outro grupo. Diversos clubes são adquiridos por fundos estadunidenses a todo instante.
O que está por trás desse movimento? Uma nova era de riquezas no futebol global?
Conversamos com Felipe Lobo, João Ricardo Pisani e Luciano Motta a fim de perceber as movimentações dentro da indústria esportiva dos Estados Unidos para tentar entender essa investida.
*Live realizada em 16/09
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GP DA TURQUIA DE F1: HAMILTON COM NOVO MOTOR? RED BULL DE PINTURA NOVA? | Paddock GP #259
A edição #259 do Paddock GP faz uma prévia do GP da Turquia, que já tem uma questão: a Mercedes vai ou não trocar o motor do carro de Lewis Hamilton? E a Red Bull, que vai correr com pintura especial por causa da Honda, como será?
O Istambul Park, que foi palco do sétimo título mundial de Hamilton, será sede da 16ª etapa da temporada. Hamilton defende a liderança do campeonato contra Max Verstappen. Haverá caos como no ano passado? Tem chance de chuva?
Victor Martins comanda a atração com Gabriel Carvalho e Gabriel Curty.
Aproveite para se inscrever no canal do GRANDE PRÊMIO no YouTube e não perder as atrações, incluindo o Paddock GP, que vai ao ar toda segunda-feira e ao vivo.
O Paddock GP tem produção de Fernando Silva e Gabriel Carvalho. A direção é de Rodrigo Berton e o podcast é hospedado no feed da Central 3.
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Dias 1.006 a 1.008 | “Alguma perplexidade” | 02 a 04/10/21
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Pontapé #126
Começamos a semana sem Facebook, Instagram, WhatsApp e, principalmente, Gil Luiz Mendes.
Nos despedimos de Sebastião Tapajós – que nos deixou no último sábado (02/10) – relembramos grandes vozes femininas como Janis Joplin, Mercedes Sosa e Violeta Parra e também celebramos os craques Careca e Jorge Valdano, aniversariantes do começo do mês.
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Trivela #377 Jogão, vingança e derrotas de favoritos na Europa
Em um fim de semana que Bayern de Munique e PSG foram derrotados nas suas ligas nacionais, tivemos também a vingança de Luis Suárez sobre o Barcelona de Koeman, um jogão entre Liverpool e Manchester City, Napoli 100% na Itália, mas ainda com briga boa, e vitória de local River sobre o Boca no Superclásico, após 11 anos. Enquanto isso, no Brasil, o Atlético Mineiro segue firme na ponta.
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