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Vaidapé #79 – População de rua, crise e autoritarismo

Nesse episódio do #VaidapéNaRua recebemos Padre Julio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, para debater a situação da população de rua em tempos de crise econômica e aumento do autoritarismo. 


A partir do conceito de refugiados urbanos, Pe. Julio explica quem são os moradores de rua das grandes cidades e de que maneira projetos do governo Bolsonaro como o porte de armas e a ampliação do excludente de ilicitude podem ser usados para autorizar execuções do povo de rua, legitimados pelo discurso de ódio que é propagado pelo Planalto e governantes locais. 


Falamos também sobre os efeitos implacáveis do neoliberalismo sobre os mais pobres e os diversos fatores que levam as pessoas à situação de rua, como a intolerância dentro da família, a dependência química e o desemprego crescente. O clérigo ainda reforçou sua posição radical ao lado da população mais vulnerável e falou sobre a truculência de diferentes gestões e governos para lidar com o povo de rua.

Escute o programa na íntegra pelo Spotify e assine o feed do #VaidapéNaRua no site da Central3. Siga sintonizado também todas às quartas-feiras, a partir das 18h, ao vivo, pelo Facebook da Revista Vaidapé

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Muito Mais do que Futebol #002

Mauro Cezar Pereira, Lucio de Castro e Leandro Iamin voltam para a segunda edição do MMDQF! Na pauta, o caso Sidão, os péssimos jogos pela Copa do Brasil, as paralisações pelo país em nome da educação e o que isso tem a ver com nosso esporte, o Momento Waldemar que já nasceu clássico e muito mais!

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SDT Na Bancada #23 Hillsborough 30 Anos

Em abril de 1989, o futebol mundial mudou! A morte por asfixia de 96 torcedores do Liverpool, na prévia da semifinal da FA Cup realizada no estádio do Sheffield Wednesday, foi a gota d’água para a reestruturação do esporte das massas no Reino Unido.

Gabriel Brito, Irlan Simões e Matias Pinto voltam três décadas, com participação do professor Gilmar Mascarenhas, para investigar os fios soltos desta história mal contada, na qual autoridades e imprensa culpabilizaram as vítimas pelo desfecho trágico.

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Um diálogo urgente e preciso

Por Luiz Felipe de Carvalho

Noite. Interior de um bar com diversas mesas, quase todas vazias. Em uma delas conversa um casal de amigos, Leonardo e Beatriz.

BEATRIZ – Não conheço.

LEONARDO (incomodado) – Como assim não conhece?

BEATRIZ (pegando mais uma batata, sem olhar muito para Leonardo) – Não conheço, ué.

LEONARDO – Nem “Lua e Flor”?

BEATRIZ (sorrindo e ajeitando o queixo sobre a mão, como se prestes a ver algo que a diverte) – Canta um pedaço pra eu ouvir.

LEONARDO (contrariado) – Você adora me ouvir cantar, é uma coisa de louco. Vá lá: “Eu amava, como amava algum cantor, de qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor”

BEATRIZ (sorrindo) – Eu já tinha lembrado só de você falar o nome. Mas sempre me surpreendo por você não conseguir cantar uma nota afinado!

LEONARDO (sorrindo ironicamente) – Muito engraçado realmente. Então você conhece o Oswaldo?

BEATRIZ – Não, eu não conheço o Oswaldo Montes Claros…

LEONARDO (interrompendo) – É Montenegro…

BEATRIZ – Que seja. Não conheço, catzo. Por que tenho que conhecer esse cara?

LEONARDO (resignado) – Não é que tem que conhecer. Sei lá, é que a relação que eu tenho com ele é um pouco diferente, então eu não sei o que significa não conhecer o Oswaldo Montenegro, sabe?

BEATRIZ – Por que diferente?

LEONARDO (se animando) – Vou tentar te explicar. Eu tenho uma tia que quando tinha uns 20 anos gostava dele de um jeito assim…como explicar…imagina uma fã do Luan Santana. Era tipo isso. Ela se descabelava, chorava, comprava os discos assim que saíam, ia em quase tudo que é show. Então pra mim o Oswaldo tinha uma aura um pouco mística, saca? Na minha adolescência eu fui em alguns shows dele, e também em peças de teatro – ele escreveu e montou várias peças. E havia uma magia, acho que essa coisa do artista em cima do palco, que me marcou demais. Olha, eu até me emociono um pouco ao falar disso. Enfim, é por isso, meio resumidamente, que o que eu tenho com ele é diferente do que quase todo o resto da população. Fora que eu adorava as músicas, desde as animadas até as mais melancólicas. Mas não vou ficar te enchendo o saco falando delas, muito menos vou cantá-las para seu êxtase…

BEATRIZ (subitamente tirando as duas mãos do queixo e tentando fingir não estar hipnotizada) – Não, não precisa. Acho que com essa explicação deu pra entender um pouco porque sua relação com ele é diferente. Vi até uma lagriminha aí em algum momento. Acontece que as fãs do Luan Santana muito provavelmente vão se envergonhar da idolatria no futuro. E sua tia, como é a relação dela com o Oswaldo hoje em dia?

LEONARDO – Ela continua quase do mesmo jeito. Mas é diferente, ela idolatra um cara que compõe suas próprias canções e que diz coisas como “olhe bem nos meus olhos, olhe bem pra você, o fato é que a gente perdeu toda aquela magia” e não, sei lá, qualquer coisa que cante o Luan Santana, deve ser tudo ruim.

BEATRIZ – Se você não conhece nada do Luan Santana, como sabe que é ruim? Não tem lógica.

LEONARDO – A lógica insiste em guardar no seu pote a mais linda palavra que eu ia dizer.

BEATRIZ – Que é isso?

LEONARDO – Um trecho de uma letra do Oswaldo.

BEATRIZ – Ah, gostei! Concordo, quero que a lógica se dane, o pensamento é banal.

LEONARDO (impressionado) – Eita porra!

BEATRIZ (curiosa) – O quê?

LEONARDO – Isso que você falou também é uma frase do Oswaldo! E de uma música que quase ninguém conhece. Como assim?

BEATRIZ (tentando desconversar) – Sei lá, oras. Coincidência. Acabei de pensar na frase. Deve ser culpa da solidão nos bares que a gente frequenta…

LEONARDO (desacreditando) – Cê tá de sacanagem, né? Esse finalzinho também é Oswaldo. Beatriz, o que tá acontecendo?

BEATRIZ – Não sei, Leonardo. Tudo que eu pensei saber ainda é mistério. A chave do amor é uma risada ou é um jeito sério? Me desculpe, ou melhor, não, me abraça e comemora, que a rasura que foi feita foi perfeita na sua hora. E no fundo é sempre uma escolha entre ser calma e ser feliz. Espero, mesmo, que a paixão saiba cuidar de nós. Porque mesmo que já fosse muito tarde, pus as sombras da minha vida sobre as linhas de tuas mãos. Porque antes de te conhecer eu já era o que sou agora, mas agora gosto de ser. Tô te vendo aí, com seu olhar de tela, sempre perguntando o que eu pensava. Ah, Leonardo, deixe que a insípida lógica ceda pra mágica o seu turbilhão! Me peça alguma coisa louca, só pra eu poder dizer que sim! E entenda que, durante toda a minha vida, eu amei como um pescador que ama mais a rede do que o mar. Eu amei como jamais poderia se soubesse como te encontrar…

LEONARDO (em silêncio, chorando e extasiado)

BEATRIZ – Eu te amo, Léo.

LEONARDO – Eu também te amo, Bia.

Cai o pano. Fim.

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Paddock GP #159 O GP da Espanha foi ruim?

Na edição do #PaddockGP desta semana, Victor Martins e os demais membros do GP comentam tudo o que rolou no #SpanishGP, quinta etapa do mundial de #F12019. Tem também a abertura dos trabalhos da Indy em Indianápolis, o primeiro pódio de Massa na Fórmula E e as prévias da Stock Car e da MotoGP.

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Thunder #235 Gustavo Garde

O músico Gustavo Garde, craque e professor no ofício, visitou Thunderbird e fez som ao vivo é claro! Conheça o novo trabalho dele e ouça o papo com muito sobre carreira, inspiração e projetos, agenda, influências, tudo!

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Mesa Oval #153

Charla com Guilherme Marques, coach de Rugby XV do Brasil na temporada 2018 e que celebra a maioridade do seu clube Charrua, de Porto Alegre. #NTMQP!

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Quadro Negro #13 Feminismo Negro

Programa muito especial, no qual nossas amigas e companheiras de profissão Maíra Conde e Marjorie Chaves se juntam à dupla tradicional e formam o quarteto mal educado.

Discutimos como o Feminismo Negro pode ser usado enquanto prática em sala de aula, independente da matéria ou ciclo, para levantar questões raciais e apontar para uma diversidade de conhecimento.

Dessa forma, tiramos a questão do negro apenas como tema específico relacionado a uma data ou a um recorte. Buscamos dialogar em todos os momentos da prática educacional visando destruir os malefícios do apagamento negro no conhecimento oficial e curricular. Pensando e repensando nossas práticas em sala de aula.

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Email: oquadronegropodcast@gmail.com

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DICAS

Branco Sai, Preto Fica (Brasil/ 2014)de Adirley Queiroz

Coleção Feminismo Plurais

Contos dos Orixás, de Hugo Canuto

Culturas Africanas e Afro-brasileiras em sala de aulade Renata Felinto

Ensinando a Transgredir: a educação como prática da liberdade, de Bell Hooks

Growin-ish (EUA/2018)

O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipaçãode Nilma Lino Gomes

Negritude, Cinema e Educação (2 volumes) – organizado por Edileuza Penha de Souza

Oyá e os Escolhidos, de Sophia Aloha

Perfil de Ale Santos

Preciosa (EUA/2009), de Lee Daniels

Sarafina – o som da liberdade (África do Sul/1992), de Darrell Roodt

Vista a minha pele (BRA/2004), de Joel Zito Araújo & Dandara

What Happened, Miss Simone (EUA/2015), de Liz Garbus

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Judão #164 Aquela roteirista da Turma da Mônica Jovem

Uma das mentes criativas responsáveis pela Turma da Mônica Jovem, a roteirista (e cosplayer!) Petra Leão ofereceu o ar de sua graça nesta edição do ASTERISCO para falar não apenas sobre seu trabalho com alguns dos quadrinhos mais vendidos do planeta, mas também sobre Game of Thrones, Doctor Who, Legends of Tomorrow, referências e o dia-a-dia de quem trabalha escrevendo numa rua totalmente barulhenta.

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It’s Time #127

A maior organização mundial do MMA voltou à Cidade Maravilhosa em grande estilo, desembarcando na lotada Jeuneusse Arena para realizar o UFC 237. Com grandes nomes no card, o evento ficou um pouco abaixo do esperado, mas ainda proporcionou um grande momento na luta principal.

Jessica “Bate Estaca” Andrade honrou o apelido e usou o golpe para cravar Rose Namajunas no chão e conquistar o cinturão dos palhas. Todavia, Anderson Silva e José Aldo não foram bem e acabaram derrotados por Jared Cannonier e Alexander Volkanovski, respectivamente. A bancada ainda comentou rapidamente sobre os outros destaques do evento carioca.

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Pontapé #17

Zé Trajano, Dudu Monsanto, Leandro Iamin e Matias Pinto estão juntos de novo, e nesta semana a pauta falou de Sidão, Manchester City, a rodada do brasileiro, Libertadores e mais muitas músicas, aniversariantes, Lucio de Castro, Mauro Cezar, Igor Julião… Vem com a gente!

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