O campeão invicto do brasileirão está no Meu Time de Botão! Timaço de Falcão, Mario Sergio e Batista que, até setembro, era só um arremedo de time. Enio Andrade chegou e a frustração no estadual deu lugar a uma campanha impecável em um campeonato bastante peculiar. Muitas histórias paralelas aos jogos fazem parte desta campanha, e elas estão contadas aqui, por Leandro Iamin e Paulo Jr.
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Bundesliga no Ar #43 Klassiker
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A epidemia da falta de interpretação de texto
Estamos na semana entre as provas do Enem, aquele teste que todo ano mobiliza a nação por motivos nem sempre tão válidos. Eu não tenho nada a ver com isso. Fiz a minha avaliação do ensino médio 17 anos atrás, exatamente quando tinha 17 anos. Começarei essas malfadadas linhas lembrando aquela modorrenta tarde de domingo na abafada na Zona Sul da capital pernambucana.
Em 2001, o teste não servia como porta de entrada para alguma faculdade. Houve um boato (sim, naquele passado não tão distante conversa fiada era chamada de boato mesmo e não de fake news. Em Candeias chamávamos de pala de butico) que uma parte da nota valeria certa porcentagem nos vestibular da Universidade Federal de Pernambuco. Não lembro ao certo se isso se concretizou, a prova só valia mesmo para avaliar como era que estava o aprendizado dos alunos do antigo 2º grau.
Lembro quase nada das questões que caíram naquele calhamaço de papel que nos entregaram com um monte de perguntas. Tema da redação também não faço a mais vaga ideia. Recordo que a escolha do prédio onde se faria o exame era definido por ordem alfabética e não pela proximidade da residência. Por isso minha maior lembrança do meu Enem atende pelo nome de Gisele.
A menina de cabelos curtos e um sorriso capaz de me engolir teve que sair de Rio Doce, em Olinda, para responder a um sem fim de perguntas em Boa Viagem. Para quem não conhece Recife, afirmo: é longe. Minha timidez era maior naquela época, e minha memória também. Por isso não tenho muita certeza, mas acho que foi ela que puxou papo comigo. Mas a minha capacidade de decorar as coisas no fim da minha da adolescência fez com que eu conseguisse o telefone dela sem ela me falar.
Explico: No começo do século 21, pasmem, não eram todos os adolescentes que tinham acesso a um telefone celular. Gisele precisou falar com a mãe. Fomos até o orelhão (um telefone público, jovens) e ela ligou para sua residência. Decorei a sequência numérica e na segunda-feira mandei a timidez para as cucuias e repeti os oito números. Ela ficou surpresa com a minha cara de pau. Eu também.
Abismado, abobalhado, atabacado ou abestalhado como na época desse meu affair, esquema, rolo, romance ou ôia que tive com Gisele, fiquei também ao ver os comentários sobre a avaliação do ensino médio deste ano. Tinha de tanta abobrinha e outros quitutes falados sobre a prova que dou meu diagnóstico empunhado o meu diploma de doutor de nada: a maior epidemia brasileira da atualidade é a falta de interpretação de texto.
Ave, Nossa Senhora da Conceição! Quanto choro e ranger de dentes por aparecer questões que traziam textos de Galeano, expressões do iorubá das monas. Aquenda, racha! Direitos humanos, golpe de 64. Tudo isso foi demais para os gremlins da direita se arderem e multiplicarem como quem levou um banho de água fria. Tudo por falta de interpretação de texto.
Vocifero outra verdade do alto do meu conhecimento sobre nada. O danado do Enem não é um prova de português, matemática, biologia, química, ciências da natureza, ciências ocultas ou o escambau que o valha. O coitado é apenas uma prova de interpretação de texto. Por isso deve ser difícil para uma maioria que apoia um saco de cocô na cadeira da presidência a república entender isso. E não está nas entrelinhas. Está na fuça.
Sobre Gisele, se vocês sabem interpretar um texto devem imaginar como se desenrolou essa aventura juvenil. Saudade dos orelhões.
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Lado B do Rio #84 Transição com Marcos Kalil
O Lado B do Rio “volta ao normal” para seu episódio #84. Os panelistas, desfalcados, recebem o advogado e jornalista militante de Direitos Humanos, Marcos Kalil. No papo, as alterações estruturais propostas pelos novos eleitos e a estratégia de controle da narrativa bolsonarista através da “confusão”. Teve espaço também para lembrarmos que Silvio Santos sempre foi um babaca reacionário.
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Guilhotina #02 – Henrique Costa
Neste episódio, Luís Brasilino, Cristiano Navarro e Taís Ilhéu, da redação do Le Monde Diplomatique Brasil, recebem Henrique Costa, doutorando em Ciências Sociais da Unicamp, para falar sobre educação, crise do lulismo e a ascensão da extrema direita. Henrique é autor do livro “Entre o lulismo e o ceticismo: um estudo com bolsistas do Prouni de São Paulo”, lançado dia 31 de outubro pela Alameda Casa Editorial (https://goo.gl/GfzQfU
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Playbook #39 – É uma cilada, Saints
É uma cilada, Saints
Playbook chegando com a notícia bombástica da semana: sete meses após ser dispensado pelos Cowboys, Dez Bryant foi anunciado como reforço do New Orleans Saints. O wide receiver chega a franquia do QB Drew Brees justamente na semana em que o time consolidou a boa fase derrubando o último invicto LA Rams.
A questão envolvendo Bryant é a sugestão de que ele não fazia bem ao vestiário em Dallas, conforme sinalizado pelos ex-companheiros. No episódio desta semana discutimos os prós e os contras deste mais novo negócio.
Também abordamos em detalhes o momento dos Cowboys, marca mais popular do futebol americano. Enquanto Jerry Jones, presidente / general manager / manca chuva, segue dizendo que não vai mudar nada, sua forma de comandar a equipe e suas decisões são questionadas.
Uma passada nos jogos da semana 10 – o que você não pode perder, além de um balanço da temporada até aqui. Tudo isso, e mais, de um jeito que você vai gostar.
Playbook #39 no ar!
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Vaidapé #68 Brasil pós-eleições: O que vem por aí
A equipe do #VaidapéNaRua abriu os microfones para debater e analisar as primeiras medidas do governo de transição montado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.
No início do programa, Mano Xei falou sobre os 3 anos do crime ambiental da Samarco em Mariana (MG), onde esteve nas últimas semanas acompanhando a reparação e o pagamento das indenizações aos atingidos e também o impacto da lama de rejeitos para o meio ambiente e a saúde humana.
Na sequência, o trabalho seguiu nos estúdios analisando os perigos de uma possível escalada autoritária do governo Bolsonaro e os caminhos para a resistência contra o novo presidente, nas ruas e no Congresso. Falamos também sobre a escolha de Sergio Moro para o Ministério da Justiça, as propostas de fusão de ministérios de Bolsonaro e muito mais!
Sempre com os pitacos certeiros e os trabalhos técnicos de Leandro Iamin, as músicas Conheço o Meu Lugar, do grande Belchior e Los Hermanos, de Atahualpa Yupanqui agitaram essa edição do programa.
Nosso grande DJ Pae Vito chegou à marca histórica de 30 colunas no #VaidapéNaRua yêêêss!! Para comemorar, ele refletiu sobre a carreira do bruxo da música nacional Marcos Valle com as músicas “Flamengo Até Morrer” e “Com Mais de 30”.
Confira as opiniões e análises quentes da equipe #VaidapéNaRua YêêêsssII!
Escute o programa na íntegra pelo Spotify e assine o feed do #VaidapéNaRua no site da Central3. Siga sintonizado também todas às quartas-feiras, a partir das 18h, ao vivo, pelo Facebook da Revista Vaidapé.
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Thunder #213 E a Terra nunca me pareceu tão distante
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O Som das Torcidas #149 Superclásico
Boca Juniors e River Plate somados praticamente monopolizam o futebol argentino, seja na audiência, conquistas ou influência política. Contudo, as demais hinchadas resistem à esta polarização e soltam a voz contra os finalistas da atual edição da Libertadores.
Fizemos um recorrido por diversos bairros da cidades e província de Buenos Aires para ouvir o grito das arquibancadas sem doble camisetas e também demos direito de resposta para millonarios e xeneizes.
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ZAL #04 Bruxaria e aborto no califado brasileiro
ZAL #04 Bruxaria e Aborto no Califado Brasileiro
A quarta edição do Zona Autônoma Literária, neste 7 de novembro de 2018, traz duas mulheres num cenário em que elas integram o frontline na batalha contra a ascensão de Bolsonaro: Alana Moraes é antropóloga feminista e pesquisadora do Museu Nacional – UFRJ, tratando de formas democráticas menores e os atravessamentos entre gênero, política e subjetividades; Lia Urbini é cientista social e trabalha atualmente como revisora e preparadora de textos, já foi professora de sociologia em escolas estaduais, comunitárias e privadas, e também é assistente de direção e dramaturgia do Coletivo Inclassificáveis.
O debate aconteceu diante dos livros Calibã e a bruxa: mulher, corpo e acumulação primitiva, da marxista e feminista Silvia Frederici, lançado em 2017 pela editora Elefante em parceria com o coletivo Sycorax e a Fundação Rosa Luxemburgo; e também Pró: reivindicando o direito ao aborto, de Katha Pollitt, poeta feminista e colunista da The Nation, que a Autonomia Literária está lançando.
Tem também, como de costume, cupom de desconto para compra de livros e o quadro que trás a voz da poesia das ruas. O ZAL debate política, economia, cultura e temas urgentes do nosso tempo, sempre sob mediação dos últimos lançamentos de uma rede de selos parceiros. E mais: senso crítico sobre o mercado editorial e as novidades do mundo dos livros no Brasil e no mundo. Uma produção de Paulo Junior, Cauê Ameni, Daniel Corral e Guilherme Ziggy. A leitura dessa edição foi de Michelle Coelho.
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It’s Time #102
O UFC 230 trouxe uma noite de altíssimo nível para os fãs de MMA. O campeão peso pesado Daniel Cormier coroou seu ano perfeito ao finalizar com bastante facilidade o desafiante Derrick Lewis no segundo round da luta principal do evento, praticamente garantindo o prêmio de melhor lutador do ano de 2018.
Além da luta principal, o evento também contou com o nocaute com requintes de crueldade do brasileiro Ronaldo Jacaré sobre o ex-campeão dos médios Chris Weidman. O norte-americano dominava o confronto até o terceiro round, quando o especialista de jiu-jítsu mostrou evolução no boxe e aplicou um cruzado brutal no estadunidense. Agora, Jacaré fica bem perto de uma possível disputa de cinturão ou então um title eliminator.