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Central 3 na Copa #09 Croácia 3-0 Argentina

O Central 3 na Copa de hoje repercute os 3-0 da Croácia sobre a Argentina e também a classificação da França, que venceu e eliminou o Peru. Claro, a bancada também tratou das últimas da seleção brasileira, que logo mais, às 9h de sexta-feira, pega a Costa Rica. Com Paulo Junior, Leandro Iamin, Bruno Bonsanti, Leandro Stein e o convidado Vitor Zapata.

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Copa C3 | Dia 7, placares e pautas mínimos

Dia 7 – Placares e pautas mínimos

por Gabriel Brito

Portugal 1 x 0 Marrocos – Ele está aqui

Bom quando sai gol enquanto ainda tiramos as remelas. Cristiano Ronaldo está mesmo a fazer a Copa que ainda não tinha feito, ótima notícia para o Mundial, que sempre precisa registrar algo além de médias de gols e inovações táticas.

Como dito na primeira rodada, Portugal parece ter mais time que na Euro-2016, quando arrancou o título à base de coração e iluminação. Ainda que falte rodagem a Bernardo Silva, André Silva, João Mario, Gonçalo Guedes, eles são o futuro.

Alternam altos e baixos, mas é de se crer que Fernando Santos siga prestigiando sua nova geração, que no mínimo tem ajudado o astro da companhia a participar mais das partidas.

Defensivamente o time segue forte. Rui Patrício salvou o empate até merecido do time magrebino, que por sua vez se despede dolorosamente cedo.

Um pecado sua derrota para o ferrolho iraniano, quando mostrara mais volume de jogo e melhor técnica, mas pouca inspiração para efetivá-la.

Ontem, atletas como Amrabat e Belhanda subiram um pouco em relação à estreia, mas ironicamente um dos times menos cotados que optou pelo modo ofensivo de jogo acabou eliminado antes de fazer um golzinho só.

Se a quantidade de oportunidades do zagueiro e capitão Benatia caísse em outros pés talvez a sorte fosse um pouco melhor.

Resta uma partida pela honra contra a Espanha, para a qual as motivações estarão mais nos livros de história do que na tabela.

Por fim, impossível não destacar as altercações causadas por sua torcida – as primeiras que flagramos dentro dos estádios – em relação às bandeiras de Israel ao final da partida.

Desconcertadas, todas as transmissões fugiram do tema, por mais evidente que fosse o apoio dos marroquinos à causa da libertação palestina, cuja Nakba (denominação da catástrofe causada pela fundação do Estado de Israel) acaba de completar 70 anos.

Bandeiras deste povo árabe sem Estado estiveram espalhadas pelo estádio. Entre abril e maio, diversas marchas pelo direito de retorno e respeito aos acordos que visam à configuração de dois Estados no mesmo território, de acordo com as fronteiras de 1967, terminaram com sangrenta repressão do potente exército israelense, que assassinou mais de 100 palestinos.

Ademais, é evidente que o apartheid tem se refletido em cada vez mais políticas institucionais do Estado judeu, tanto na manutenção do cerco a Gaza e Cisjordânia como no tratamento aos cidadãos árabes residentes em Israel. O próximo passo é cassar o direito de parlamentares árabes participarem de votações de temas definidos como estratégicos para o Estado comandado por Benjamin Netanyahu.

Condenado amplamente na comunidade internacional, Israel segue a fazer o que bem entende. E, nesta quarta, seu protetor e sede da Copa de 2026 retirou-se do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Toda essa omissão reflete, mais uma vez, o caráter da mídia empresarial brasileira e sua risível preocupação com a dignidade dos povos. Mais do que seletiva, uma farsa.

Uruguai 1 x 0 Arábia Saudita – Só pode ser assim, Uruguai?

A partida do meio dia já se anunciava como uma das menos emocionantes possíveis do certame. Mas parece que assim não vale para o Uruguai.

A Celeste fez de tudo para complicar um jogo contra um time do nível do Rampla Juniors.

Conservador, Tabarez sacou os novos armadores Nandez e Arrascaeta. No primeiro caso, correta a opção por Carlos Sanchez, que novamente acabaria cruzando a bola do solitário gol da vitória. Mas trocar o cruzeirense pelo manjado Cristian Cebolla Rodriguez, e não colocá-lo em nenhuma das três trocas, pareceu demais.

Aferrado a um grupo que tem na mão, também repleto de relações de confiança, o Maestro não só tardou em renovar seu meio de campo como parece hesitar em bancá-lo até o fim.

Pelo meio, Vecino e Betancour evoluem lentamente, mas precisam armar mais, distribuir a bola com mais calma e não se reduzirem a desarmes e divididas.

Um 4-4-2 com duas linhas um tanto estáticas precisa de suas contribuições pra se dinamizar e fazer valer os armadores por fora. Cavani e Suárez também precisam dialogar um pouco mais com o resto do time, coisa que o primeiro até se propõe a fazer.

Enfim, era jogo pra soltar mais a equipe, ambicionar mais gols e, simplesmente, jogar bem, ainda que fosse quase impossível compensar o saldo de gols russo. Laxault, mais uma boa novidade do elenco, poderia entrar no lugar de Martin Cáceres, por exemplo.

Sabemos do que é feito o Uruguai, mas não precisava levar tão ao limite seu estilo de só jogar sob condições de sofrimento e tensão.

Ainda que péssimo, o time saudita se animou a buscar o empate, que em alguns momentos parecia vir como castigo pela mesquinharia sul-americana.

Mas o segundo placar mínimo do dia se confirmou e o país mais fechado de todos os 32 presentes na Rússia se despede sem deixar a menor saudade. Haja “projeto” para nossos Fabio Carille e Alberto Valentim, que migrarão para a ditadura fundamentalista após o Mundial.

Espanha 1 x 0 Irã – Iniesta contra o muro

No desfecho da quarta-feira, os campeões de 2010 voltaram a fazer partida que deixa dúvidas sobre seu potencial de favorita.

É certo que os iranianos armaram a mais bela retranca de todo o Mundial. Sagaz, Carlos Queiróz trocou a linha de cinco homens atrás usada contra o Marrocos e transferiu contingente para o meio de campo, setor que até as traves sabem ser o que realmente conta no outro lado.

Claro, com domínio total da pelota os espanhóis iam empurrando o oponente para mais e mais perto do gol de Beiravand. Por sua vez, os persas adicionavam mais dois jogadores pelo flanco e defendiam num 6-3-1 pra Vitor Birner nenhum botar defeito.

A fúria trocou todos os passes do mundo, o que não chega a ser um mérito diante de tamanho consentimento rival.

O gol do rompedor Diego Costa saiu quando o rei do tiki taka, Iniesta, tratou de abrir espaço com o drible. E mais um gol de pinball foi para o registro das Copas do campo padronizado.

No entanto, o Irã, além de raça admirável, mostrou alguma capacidade técnica. Se pensamos que o jogo descambaria para um placar largo, aconteceu que o time persa – que por sinal quase achara um gol pouco antes do tento de Diego – conseguiu jogar bola, trabalhar jogadas e ameaçar a sério a baliza ibérica.

Ansarifard e Amiri mostraram capacidade de surpreender, fizeram bons jogos. De resto, um time forte fisicamente e disposto a tudo ajudou a dar emoção. A anulação do empate, por impedimento bem marcado, foi uma pena diante da comemoração mais efusiva de todos os gols até aqui.

Confirmada a suada vitória espanhola, reitero o comentário da primeira rodada: o tiki taka não existe mais. Claro que sua herança é notória, mas a capacidade de envolver o rival (e também tomar-lhe a bola rapidamente) não é mais a mesma. Isco e David Silva são perigosos, no entanto, não me convenço de que tais meias-atacantes, somados a Vazquez e Asensio, são essa sensação toda.

Por fim, parece claro que o time marca mal, deixa espaços e se recompõe lentamente. Mesmo inferiores, sempre que Portugal e Irã ousaram a meta de De Gea foi ameaçada. O time de Hierro ainda deixa dúvidas.

Fora de campo

As iranianas continuam na luta por seus direitos e fazem bonito nos protestos pelo singelo direito de ir ao estádio, coisa que em mais esse país pautado pelo fundamentalismo religioso ainda é heresia.

Felizmente, mais essa barreira vai caindo e ontem as iranianas que ficaram em casa puderam sair às ruas e ver o jogo em telões de campos de seu país. Por se tratar de força periférica do futebol, nunca demos tanta conta de como esse povo ama o jogo mais popular do mundo. Mas torcidas apaixonadas e atmosferas de estádio à moda antiga não faltam na complexa República Islâmica.

Dito isso, não deixa de ser incômodo a mídia dos homens brancos liberais gastar toda sua cota de defesa dos direitos humanos para falar deste tema, com reiteradas imagens, comentários e campanhas. Correto, mas até pelo certo se portam de forma colonial.

Fazer todo esse charme enquanto não se diz uma palavra sobre a grotesca Arábia Saudita, pra não falar da pipocada no caso Palestina-Israel, não é jornalisticamente aceitável. Alguém precisa avisar a esses comunicadores brasileiros que tal alinhamento ao bloco ocidental eternamente imperialista já cansou. Não somos parte disso.

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Na Era do Garrafão #02 O famoso Draft

No segundo episódio do podcast, Renan Ronchi e Vitor Camargo dissecam o modelo do draft da NBA. De onde surgiu o draft? Por que funciona no formato de uma loteria? Existe todo um contexto histórico que justifica o modelo utilizado hoje e é fundamental conhecê-lo para entender o presente e o futuro da loteria, com cada vez mais times adotando a estratégia de perder de propósito para subir posições e escolher jogadores melhores.

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Desqualificadas #05 Relacionamentos, aplicativos e sagrado feminino

Episódio #05 – (Parte 1) – Relacionamentos, aplicativos e sagrado feminino

A qualificada da vez é Claudya Toledo: matchmaker, empresária, palestrante, terapeuta, autora de diversos livros e uma das maiores especialistas em relacionamentos do Brasil, com cerca de 30 anos de experiência na área.

Indicações:

Contato designer Berka Chaim:
beatriz@pipadesign.com.br

Livro:

Mulheres que escolhem demais – Lori Gottlieb
https://www.skoob.com.br/mulheres-que-escolhem-demais-374174ed422531.html

Podcast – Girls Gotta Eat (Episódio So Why Do Guys Do This Sh*t)
https://podtail.com/podcast/girls-gotta-eat/so-why-do-guys-do-this-sh-t/

 

Claudya Toledo:
https://claudyatoledo.com.br/

Workshop Deusa Divina:
https://claudyatoledo.com.br/workshop-deusas-divinas/

Agência A2 Encontros:
https://www.a2encontros.com.br/

Conversa com a gente:

Facebook: /asdesqualificadas
Instagram: @asdesqualificadas
Twitter: @desqualificadas
Email: asdesqualificadas@gmail.com

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Copa C3 | Sem capitão na Copa mental

Se a prática de futebol entra em campo, em resumo, combinando seus aspectos físicos, técnicos, táticos e mentais, é esse último o que me parece o grande ponto de desequilíbrio diante da falta de espaços e da capacidade de qualquer 11 igualar o jogo frente a melhor seleção do mundo daquela semana. Numa Copa em que 3/4 dos jogadores atuam na Europa e mais da metade nos cinco países mais assistidos, o Mundial é muito de uma reorganização de rostos conhecidos em camisas outras. Reunidos às pressas ao fim temporada, precisam da cabeça, mais do que nunca.

Além disso, um torneio atípico no que diz respeito aos pênaltis e ao número de gols contra, duas linhas de montagem de vilões e mentes desabando. Um bote flagrado pelo árbitro, um chute errado da marca da cal ou um desvio que morre na própria rede e pronto, um mundo cai sobre as costas. Lances que desestruturam o duelo psicológico, numa cabeça baixa de Messi, num choro de Cueva, num toque torto de Cionek ou Bouhaddouz.

Ter esse controle, e influenciar o time, não é uma missão fácil. Quando o Brasil entrou em campo no Rasunda, na final de 1958, obrigado a espantar o Maracanazo, foi a Suécia quem abriu o placar de início. Didi pegou a bola e a levou, debaixo do braço, caminhando lentamente até o meio do campo. Gerd Wenzel, comentarista do futebol alemão, cansou de dizer no último ano que a Alemanha sofreria na Copa sem a liderança de Lahm, na defesa, e Schweinsteiger, no meio, os sensíveis pontos de comando do time tetracampeão mundial.

E aí chegamos, enfim, à seleção brasileira. Como disse o amigo Leandro Iamin, as dores de uma Copa do Mundo se resolvem na Copa seguinte, e me espanta que o capitão do time no momento de maior tensão desse ciclo seja Thiago Silva, o mesmo que viveu o que viveu há quatro anos. Se o Brasil toma 1 a 0 da Costa Rica em São Petersburgo, o telão vai direto no ótimo zagueiro. A saída de bola no círculo central deveria procurá-lo. Não me parece ser o líder da bronca nem o do olhar silencioso. E o time parece carecer dessa figura.

Neymar, claro, é a referência técnica, mas ainda precisa se firmar na reação em momentos de dificuldade. No aperto, sabe que tem de controlar as ideias do time, mas acho que ainda mede mal o uso do drible e, por característica, acaba no contato físico e nas consequentes faltas. Além disso, construiu uma imagem de irritadiço, muito bem usada pelos seus marcadores, tal qual Behrami no domingo. Sem a bola de segurança em Daniel Alves (como esteve tímido, o Danilo) e com Marcelo pouco inspirado, fez ainda mais sentido a entrada de Renato Augusto. Goste ou não, é um raro jogador no elenco que, quando o mundo desaba (tipo um 5 a 0 em meia hora numa semifinal de Copa, lembremos), vai pedir a bola na zona central, tocar, receber, tocar, respirar, construir. Se a faixa de capitão foi renegada a uma alternância aleatória, veremos se a Copa permite o surgimento de novos pontos de liderança pelo campo.

Falando em jogo mental, partida ótima da Espanha, contra o Irã, nesse sentido. Isco, o melhor em campo, e Iniesta, o cara que pode (e deve) arriscar e encontrou o caminho do gol, mantiveram a partida sob controle. Parece simples, mas eles não forçaram o contato nem o chuveirinho na área, não chutaram de qualquer lugar ou compraram brigas paralelas, confiando no estilo do time e, acima de tudo, passando essa confiança para os coadjuvantes.

Na frente, um monstro desse embate psicológico, Diego Costa. Cada um a sua maneira, ele, Cristiano Ronaldo e Luis Suárez decidiram suas jornadas num tapa. Entendem o jogo demais, e chamam os zagueiros para brincar à sua temperatura. Fundamental nessa Copa da cabeça.

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Central 3 na Copa #08 Classificados

O Central 3 na Copa desta quarta-feira repercute os primeiros classificados ao mata-mata da Copa do Mundo – Uruguai e Rússia estão garantidos após a magra vitória uruguaia sobre a Arábia Saudita. Falamos também dos outros dois 1-0 do dia, de Portugal sobre Marrocos e Espanha sobre o Irã. Leandro Iamin, Paulo Junior, Bruno Bonsanti, Nina Cardoso (Dibradoras) e Felipe Biglia (Conexão Sudaca) também comentam os jogos que vem por aí.

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Fronteiras Invisíveis do Futebol #59 Copa do Mundo 1958-74

Continuamos nosso especial de Copa do Mundo aliada à História Global. O ano é 1953 e seguimos pelas crises, pela construção do muro de Berlim e a chegada da Guerra Fria na América Latina, com a Revolução Cubana de 1959. O conflito geopolítico e ideológico se espalha pelo mundo e pelas selvas do Vietnã.

Até o Mundial de 1974, surgirão dezenas de novos países, independentes das antigas amarras coloniais. A ascensão da importância do Oriente Médio é outro fenômeno desse período que veremos, assim como os avanços tecnológicos, as tendências musicais e, claro, o principal fenômeno que existiu entre as décadas de 1950 e 1970: Pelé. Tá esperando o quê para dar play no seu podcast de História?

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Vaidapé #51 Erica Malunguinho

O #VaidapéNaRua entrevistou Erica Malunguinho, pré-candidata a deputada estadual pelo PSOL em São Paulo e coordenadora do Aparelha Luzia, quilombo urbano de resistência negra no centro de SP.

Nos estúdios da Central3, Erica Malunguinho falou sobre sua trajetória, a decisão pelo PSOL, a importância da entrada de negros e negras na política, suas propostas para a área de educação e a necessidade de descolonizar a política. Ela também respondeu às perguntas do público, que participou ativamente da transmissão ao vivo.

A presença da pré-candidata segue a série de programas do #VaidapéNaRua para receber postulantes a cargos públicos e atores políticos para debater o processo eleitoral de 2018.

A equipe do #VaidapéNaRua contou com Xei e Gil. A coluna do Mano Próximo lembrou a obra do compositor Sérgio Ricardo.

A coluna do grande Pae Vitochegou em clima de Copa do Mundo trazendo músicas populares do Egito, que integra o grupo A da Copa.

Escute o programa na íntegra e assine o feed do #VaidapéNaRua. Siga sintonizado também todas às quartas-feiras, a partir das 18h, ao vivo, pela Central3 e pelo Facebook da Revista Vaidapé.

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O Som das Torcidas #141 Peru

Blanquirroja

Após 36 anos de ausência, a seleção peruana está de volta à Copa do Mundo, muito por conta da atuação dos seus torcedores no Estadio Nacional, de Lima, que se transformou num caldeirão novamente!

Do hino nacional ao novo hit inspirado em Nego do Borel, conheça as músicas que embalarão os comandados de Ricardo Gareca na Rússia.

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Central 3 na Copa: 33 podcasts!

Todos os dias de Copa do Mundo, da abertura até o domingo da final, vamos produzir o Central 3 na Copa, um programa tocado pela parceria entre Central 3 – Xico Malta, Leandro Iamin, Matias Pinto e Paulo Junior – e Trivela – Felipe Lobo, Bruno Bonsanti e Leandro Stein. Além disso, o programa convida outras produções da casa e junta forças num só debate sobre o Mundial, com José Trajano, Gerd Wenzel, Luiz Thunderbird, as Dibradoras e o Conexão Sudaca. Tem também presenças especiais como Vitor Birner, Joshua Law e muito mais!

Vem com a gente! Diariamente, ao vivo, às 20h, no Facebook da Central 3. E, como sempre, na sequência, disponível em podcast no site da Central 3, da Trivela e no feed do podcast Trivela. Participe!

Os programas:

Central 3 na Copa #01
Central 3 na Copa #02 Rússia 5×0
Central 3 na Copa #03 Tres Vezes Ronaldo!
Central 3 na Copa #04 Sabadão
Central 3 na Copa #05 Tropeços Gigantes
Central 3 na Copa #06 Três vitórias européias
Central 3 na Copa #07 Senegal!
Central 3 na Copa #08 Classificados
Central 3 na Copa #09 Croácia 3-0 Argentina
Central 3 na Copa #10 Brasil 2-0
Central 3 na Copa #11 Virada alemã
Central 3 na Copa #12 Totó de colombianos e ingleses
Central 3 na Copa #13 Espanha e Portugal
Central 3 na Copa #14 Argentina
C3 na Copa #15 Alemanha fora, Brasil dentro
Central 3 na Copa #16 Restam 16
Central 3 na Copa #17 Oitavas
Central 3 na Copa #18 França e Uruguai
Central 3 na Copa #19 Adeus, Iniesta
Central 3 na Copa #20 Brasil e Bélgica lá!
C3 Na Copa #21 Europa na Final!
C3 na Copa #22 Lá vem quartas
C3 na Copa #23 Aquecimento para as Quartas
C3 na Copa #24 O adeus de Brasil e Uruguai
C3 na Copa #25 Inglaterra x Croácia
C3 na Copa #26 Caminhando para as semifinais
C3 na Copa #27 Chegou a semi
C3 na Copa #28 França finalista
C3 na Copa #29 Croácia!
C3 na Copa #30 | A final chegando…
C3 na Copa #31 Só faltam dois
C3 na Copa #32 – O último passo para a Final
C3 na Copa #33 | França, bicampeã!

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Copa C3 | Dia 6, viva Senegal, pobre Salah

por Gabriel Brito

Colômbia 1 x 2 Japão – mexendo mal desde Berlim 2006…

Depois de enfrentar maiores turbulências nas Eliminatórias que carimbaram a segunda classificação seguida cafeteira, a estreia mundialista não trouxe os ventos que esperávamos.

Logo de cara, a hecatombe. Davinson Sanchez perdeu para Osaku, no que deve ter sido o primeiro grande lance de imposição física dos nipônicos em Copas do Mundo, foi parado por Ospina, mas no rebote o outro Sanchez, Carlos, não teve o reflexo necessário de deixar a bola estufar a rede e, tomado o gol, buscar em condição de igualdade o jogo que apenas nascia.

Se eu já achava absurda a opção de Yerri Mina no banco, depois dessa não precisa acrescentar nada. Nunca que o ex-zagueiraço do Palmeiras perderia a bola que gerou o caos.

Maldição estrear numa Copa de forma tão condicionada. Mas a Colômbia ainda estava viva. Perdera um volante, mas poderia ter mantido um 4-4-1, com apenas Falcão na frente. No entanto, Jose Pekerman preferiu sacar Cuadrado, uma das fontes de talento e problemas para marcadores opostos, e colocar outro volante.

Falcão fez falta, mas conseguiu cavá-la a seu favor no empate do ótimo meia Quintero, pra reiterar que o fetiche da tecnologia irá apenas atualizar os debates sobre os mesmos erros de sempre.

E quem sai no segundo tempo para a entrada de outro nome de 2014? Quintero. Além de comer um banco que nos parece equivocado, James Rodriguez ainda foi condenado a jogar pelo corredor, por onde tem pouco a contribuir com seu estilo.

Pois se Pekerman é um bom gestor de elencos, treinador e preparador de times e jovens atletas, raramente é feliz na hora de mudar as coisas enquanto a bola rola. Jamais irei perdoar as saídas de Riquelme e Crespo para entradas de Cambiasso e Julio Cruz naquele segundo tempo em que a Argentina fazia 1-0 contra a Alemanha em Berlim. Naquela ocasião, o imberbe Messi foi privado de dar sua contribuição para a última grande seleção albiceleste e viu a eliminação para o apenas razoável time germânico no banco.

Já o Japão, tem aquele que talvez seja seu melhor time de todos. Só não tem tarimba de grandes vitórias. Mas depois do gol de Osako, de cabeça no meio de fortes marcadores, a seleção asiática deixou claro que era dia de inscrever uma nova glória em seu histórico.

Uma resposta à goleada de 2014 e primeira vitória contra um sul-americano em Copa do Mundo. Não é pouco num grupo que promete equilíbrio total.

Senegal 2-1 Polônia – Somos Todos Cissé

Em Moscou, o último e um dos mais significativos jogos da primeira rodada.

Prova cabal de que o racismo estrutural é outra faceta do futebol dominado como nunca pelo capital, o Senegal é a única das 32 seleções treinada por um negro, o ex-volante Aliou Cissé, que esteve na linda campanha que os Leões de Teranga fizeram em 2002.

Não dava pra não torcer, e tivemos de nos esforçar para ignorar o simbolismo de que do outro lado estava um país cuja população é das mais chauvinistas do velho continente, com direito a um representante da famigerada República de Curitiba na zaga. É, nem sempre enxergar o prisma político inerente ao esporte faz bem.

Dito isso, grande partida senegalesa. Jogaram de forma correta e inteligente sem abdicar das qualidades e características do futebol africano. Força, técnica, habilidade e vigor em proporções iguais.

Sadiou Mané, camisa 10 e mais famoso de seus jogadores, fez partida exemplar. Líder técnico de verdade, coisa que o 10 brasileiro ainda não se mostra capaz de ser, como bem alertou o amigo Tiago Zau.

O 4-4-2 de Cissé sabia a hora de recuar e de propor. De resto, a força da dupla de ataque Niang e Diouf é impressionante, mais altos e fortes que a dupla de zaga polonesa.

Já os polacos, mais uma vez tem um time sem graça, que faz o óbvio e deixa Lewandowski ilhado quase o tempo todo. Continua uma seleção legal de ouvir nas histórias do meu pai, e só.

De resto, o desfile da vitória dos senegaleses residentes em São Paulo logo após o término da partida é a minha imagem da Copa até aqui.

Rússia 3 x 1 Egito – Respeita a mãe Rússia

Como disse meu irmão, a humanidade já deveria ter aprendido que não se deve subestimar a Rússia.

Acabou o fantasma da campanha pífia. Claro que o grupo ajuda, mas os russos estão se superando. Já podemos falar de jogadores que renovam a mística dos atletas de carreira discreta, ordinária, que viram bicho grande em Copa do Mundo.

Prático o senhor Stanislav Cherchesov. Se Cheryshev e Dzyuba fizeram três gols na partida de abertura, vão a campo desde o início na segunda rodada. E não decepcionaram.

Se o primeiro tempo foi duro e o Egito ainda deu peleia, no segundo mais um gol contra abriu o jogo. Aliás, a padronização do campo em 105 x 68 metros num futebol de cada vez mais potência física e ocupação de espaços me parece a explicação óbvia para tanta pixotada contra a própria rede.

Depois, ambos os citados voltaram a vestir a capa de herói e mataram a partida.

Lastimável retorno à etapa final do time de Hector Cúper. E pobre Salah, que ao menos arrumou um pênalti para cravar seu nome entre os anotadores do Mundial.

Se alguém editasse todas as suas participações, veríamos que o homem não erra um toque na bola, arredonda todas as jogadas possíveis. O tal Trezeguet ainda fez boa partida, mas o resto dos colegas está distante demais do primeiro grande injustiçado dessa Copa.

O time da casa cresce, ganha moral e nos deixa curiosos sobre o que o mundo verá nas oitavas de final, quando terão de se defrontar com Espanha e Portugal – salvo uma façanha dos parças anti-Ocidente do Irã, o que também seria divertido.

O povo egípcio despede-se rapidamente da ilusão copeira. Quem sabe afogam as mágoas contra o rival saudita e Salah repete Salenko. Quanto a seu grande povo, terá de voltar à vida normal sob uma das maiores ditaduras militares do mundo, contra a qual, infelizmente, os libertários ocidentais têm pouca ou nenhuma objeção.

Vida que segue, que Salah esteja no Catar – ou que esta Copa apocalíptica mude de lugar.

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