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Xadrez Verbal #140

36 meses, 140 programas e milhares de minutos de áudio depois, Matias Pinto e Filipe Figueiredo completam três ciclos solares. Desta vez, com a presença de Heitor Loureiro no estúdio, nos contando um pouco sobre a Armênia e sobre a mudança política que o país está passando, após semanas de protestos contra o governo.

Comentamos a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã e como isso influencia as relações internacionais. Não apenas entre iranianos e israelenses, que já trocaram hostilidades, mas também entre os EUA e seus aliados europeus. Passeamos pela América Latina, especialmente pela Argentina, onde Mauricio Macri teve queda em sua popularidade provocada pelo aumento da crise econômica, pauta da coluna da Professora Vivian Almeida. Para fechar esta edição de aniversário um Menino Neymar senatorial!

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Dibradoras #112 Milene Domingues

DIBRADORAS #112
Pioneira, atleta e mãe

O papo da semana rolou com Milene Domingues, ex-jogadora de futebol e atual embaixadora do time feminino de futebol do Corinthians. Quer dizer, nem dá pra falar que Milene abandonou os gramados, afinal ela ainda dibra muito pelo mesmo Corinthians (futsal), no Hebraica (society) e ainda é adepta do Muay Thai.

Aos 38 anos, Milene ainda ostenta a mesma simpatia e fisionomia de 20 anos atrás e, durante o papo, nos contou sobre seu início no esporte. “Tenho irmãos mais velhos e, quando garota, tinha a minha própria bola, assim eles não me proibiam de jogar. Comecei a fazer embaixadinhas brincando, imitando o Maradona. Fiz muitas apresentações em eventos e em intervalos de jogos, mas eu queria mesmo era ser jogadora de futebol”, contou.

Milene jogou pelo Corinthians e disputou o Paulistana, o primeiro campeonato paulista da categoria. Por conta do nascimento de seu filho Ronald, a ex-atleta precisou se afastar dos gramados, mas sabia que seu retorno aconteceria na sequência. Milene defendeu o Fiammamonza da Itália e as equipes espanholas Rayo Vallecano (2002-04), Torrejón (2004-2007) e Pozuelo Féminas (2007-09).

Milene também tem história pela seleção brasileira, onde jogou entre 2003 e 2006. Participou do Mundial nos Estados Unidos e chegou a figurar a pré-lista de convocadas para os Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas. “Foi uma época muito difícil pra mim por conta do Ronald. Eu não conseguia ficar longe dele e isso afetou meu rendimento. O Renê Simões foi um gentleman comigo quando me avisou que não estava convocada, ele sabia que se fosse em outra época da minha vida, eu estaria melhor e faria parte do grupo”.

Milene ainda reforçou que sua contribuição para melhora do futebol feminino aconteceu muito mais fora do que dentro de campo. “Eu sempre exigi melhores condições pra gente, sempre falei e me posicionei. Não achava justo muitas coisas e sempre cobrei. A mídia falava muito da minha presença na seleção por também ser esposa de um jogador famoso que, como eu, iria disputar uma Copa do Mundo e eu aproveitava essa visibilidade pra falar sobre os problemas que o futebol feminino enfrentava”, revelou.

O bate-papo foi bem descontraído e cheio de revelações bacanas. Pode ouvir!

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SDT Na Bancada #02 Torcida Única

No último sábado (05/05), dois clássicos foram disputados, pela 4ª rodada da Série B, apenas com o público local. E mesmo assim, episódios de violência foram registrados em Campinas e Goiânia, inclusive com mais uma vítima fatal.

Nossa bancada apresentou a cronologia desta medida inócua tanto no Brasil quanto na Argentina – pioneira no continente em mortes relacionadas ao futebol e torcida única – e fez projeções nada animadoras para os torcedores que costumam seguir seus times fora de casa!

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Cine #97 Todos os Paulos do Mundo

O Central Cine Brasil desta semana, em 10 de maio de 2018, trata do documentário “Todos os Paulos do Mundo”, sobre Paulo José, exibido no Festival do Rio do ano passado e que estreia hoje nos cinemas. Batemos um papo com o diretor Gustavo Ribeiro (assina a direção do filme junto de Rodrigo de Oliveira) e tratamos também, claro, de outras estreias e das últimas notícias do cinema nacional.

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Lado B #60 – MTST

O Lado B do Rio #60 recebe a coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Fabiana Batista, para um papo sobre ocupações, luta por moradia digna e défict habitacional. Também no programa, a entrevista de Guilherme Boulos no Roda Viva e o escroto pré-candidato à presidência com denúncias de trabalho escravo.

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Botão #148 Goleados em Copas

Não foram muitos os times que já tomaram de sete gols de diferença em uma Copa do Mundo, e todos eles possuem alguma coisa em comum – além de uma fraqueza técnica considerável, claro. Brigas internas, guerras, diretores aloprados, ameaças, baixo astral, ziquezira, enfim: aqui estão os maiores goleados da história das Copas, com Paulo Jr e Leandro Iamin.

El Salvador, Haiti, Zaire, Escócia, Bolívia e Cuba encabeçam a lista que também versa sobre Coreia, Arábia e lembra de outras potentes TAMANCADAS da competição-mãe. NO AR!

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Trivela #172 Copas

O podcast Trivela desta semana, em 10 de maio de 2018, falou das vitórias de Grêmio, Bahia e Palmeiras na Copa do Brasil, das classificações de São Paulo e Botafogo na Sul-Americana e, claro, das últimas da seleção às vésperas da convocação.

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Bundesliga no Ar #29 Última rodada

O Bundesliga no Ar desta semana, em 10 de maio, detalha a última rodada do Campeonato Alemão – quem vai para a Champions e quem cai? E mais, claro: Neuer e as últimas da seleção alemã às vésperas da convocação.

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Paddockast #05 Cruzadas

O acidente de Pietro Fittipaldi, a vitória de Fernando Alonso e o GP da Espanha do próximo fim de semana estão na pauta do Paddockast desta semana, comandado por Renan do Couto e Victor Martins. Com a participação da equipe do Grande Prêmio, a dupla também repercute mais uma vitória de Marc Márquez na MotoGP, fala da chegada da Indy a Indianápolis, de mais um desafio para Sérgio Sette Câmara na GP2 e das palavras de baixo calão dirigidas por Timo Glock à Mercedes. Além disso, você vai ouvir dos principais personagens do fim de semana da Stock Car: Rubens Barrichello, Max Wilson, Lucas Di Grassi e até Galvão Bueno (sim!).

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Fronteiras Invisíveis do Futebol #55 Sérvia

Оrlovi

Depois de um panorama sobre a Iugoslávia, vamos falar da História de sua herdeira esportiva! Por sinal, você sabia que mais de dez imperadores romanos nasceram na Sérvia? Calma, você vai entender. Passamos pelo reino medieval e a conquista turca da região, com especial atenção, é claro, à batalha do Kosovo, em 1389.

Percorremos o futebol sérvio, com um especial foco no período após 1992, além dos principais jogadores atuais que possivelmente enfrentarão o Brasil na última rodada do Grupo E. Finalmente, vemos a dissolução da Iugoslávia numa perspectiva sérvia e a construção do novo Estado nacional após a independência montenegrina.

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Thunder #192 Rodolfo Krieger

Thunderbird fez música ao vivo, com cítara e tudo, com Rodolfo Krieger, rapazote dos bons, Cachorro Grande do sul, cheio dos trabalhos paralelos e sob um nome, em homenagem profunda: Arnaldo Baptista, a quem Rodolfo presta tributo com seu novo trabalho.

Quer ouvi-lo? Quer entendê-lo? Tá aqui!

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Estádio, onde a homofobia joga para quebrar

De repente, me deparo com uma postagem no Twitter de um amigo que reclama dos gritos insistentes de “Bicha!” no estádio de futebol. Eram direcionados por sua torcida ao goleiro do time adversário. Novidade nenhuma o tal grito. Futebol, a gente sabe como é. O cara é hétero e disse que ofensas assim não cabem mais nem no futebol, que chega de incentivar um ranço que amola a faca da violência e da baixa autoestima. Não no goleiro. Se for hétero, sai na ducha do vestiário. Mas em quem realmente é homossexual e mais uma vez se vê vendido como ofensa.

Veio uma goleada contra a reclamação. “Mimimi”, “o mundo tá chato”, “tire o politicamente correto do futebol”, “é para desestabilizar mesmo. Teve um outro que questionou por que o grito de “Bicha” seria tão importante para a torcida. Novamente, respondido com as expressões memes de sempre.

Arrisco a resposta com o “é para desestabilizar mesmo”. Ou seja, se sabe que é pedrada, que mesmo quando negam ser só brincadeira, sabem que é pedrada.

A ofensa homofóbica é um utensílio multiuso. Não só magoa o ofendido, o desestabiliza, como fortifica o ofensor, o promovendo. Reforça que o normal, o aceito, o perfeito, é o hétero.  E que agredir homossexuais é legítimo e moral.

O estádio é um espaço importante para os homens. Onde eles se acumulam, extravasam, são cúmplices e se reconhecem. Onde socializam. Onde se constroem e se exageram como homens, como héteros, como os que ocupam o topo da hierarquia das masculinidades.

O futebol embute competição, que lembra combate, guerra, que sugere violência, que acaba, vez por outra, chegando na briga mesmo.  “Time de guerreiros”, “Zagueiro macho”. Tudo que remete ao homem, à macheza. Tudo o que honra. “Boneca”, “mulherzinha”, “bicha”. Tudo o que remete à mulher, á feminilidade, à homossexualidade.

No estádio, o homem reforça que homem nem de longe pode lembrar nada que não seja viril, macho alfa. A aversão a gays é valorizada e estimulada. Ela valida que o cara não gosta, não aprova, passa longe daquela vergonha.

A amizade entre os homens obedece a sinais vermelhos. Nada que comprometa. Tudo dentro da masculinidade padronizada. Abraços, apertos de mão, gestos, qualquer palavra, qualquer toque são milimetricamente medidos.

Torcer é respeitar muitos significados. É exceder um limite aqui, mas frear diante de outro. Beber muito? Pode. Se jogar na piscina após um título conquistado? Pode. Xingar o oponente de viado? Pode. Ter um jogador gay no elenco? Nunca.

“Não sou homofóbico, mas viado aqui não.” Determinaram: estádio é para héteros. Mais que héteros, para os machos alfa, os líderes da espécie. Há hierarquia nas masculinidades. “Corno” também é menor. “Donzelo” idem. “Filho da puta” o mesmo.

Nessa régua, o gay vem lá na lanterna. O que é não é aceito ou aceito como gozação. É tido como o homem fake, o que envergonha, o que peca. Não importa se tem comportamento másculo ou não. Não importa se é enrustido. Nem se é bolsominion.  É um subalterno, um não homem. Assim determinaram os juízes.

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