O Lado B está de volta e, claro, não poderia deixar de dar destaque à nova condenação de Lula na Operação Lava Jato. A professora da UNILA, Gisele Ricobom, foi ao Estúdio Majorem para falar dos pontos controversos do processo contra o ex-presidente e da espetacularização do Poder Judiciário, que tem sido personagem central do momento conturbado do país. Crivella e o aumento do IPTU no Rio de Janeiro também foram abordados no Lado B do Rio #46, o primeiro de 2018. Ouça!
O Meu Time de Botão desta semana, gravado em 25 de janeiro de 2018, se rende à mais nova aposentadoria confirmada na praça, Ronaldinho Gaúcho. No programa, Paulo Junior e Leandro Iamin se debruçam sobre o início da carreira do craque: a seleção brasileira sub-17, em 1997, as primeiras partidas pelo Grêmio em 1998, o estrelato em 1999 – inclusive com seleção principal -, os brilhos (e falhas) em 2000 e a saída, conturbada, para o futebol francês em 2001. Boas histórias de um cara que jogou muita bola ainda anos antes de ser considerado o melhor do planeta. Olha o que ele fez!
O Bundesliga no Ar desta semana, em 25 de janeiro, falou das marcas alcançadas por Lewandowski, Muller e Martinez no Bayern, sobre o momento do Leverkusen, a arrancada do Colônia, os confrontos da seleção alemã no novo torneio criado pela UEFA e muito mais. Com Paulo Junior e Gerd Wenzel!
O podcast Trivela desta semana, em 25 de janeiro, falou das permanências de Dudu e Thiago Neves, das mudanças na atuação da Crefisa no futebol palmeirense, da final da Copa São Paulo e de dois assuntos que contaram com participações especiais no programa: o momento do Vasco, num papo com o jornalista André Garone, que tem um blog sobre o clube no Lance!; e do futebol nordestino, numa conversa com Bruno Alves, jornalista do Globoesporte.com. Vem com a gente!
Brasileira, 35 anos e treinadora do Avaldsnes, time de grande tradição no futebol feminino norueguês. Chegar a esse posto é a mais recente conquista de Christiane Lessa que começou sua carreira jogando futebol no Brasil e depois, nos Estados Unidos, se preparou para alcançar objetivos maiores.
Após conquistar diversos títulos universitários nas fortíssimas ligas americanas, a treinadora quer enfrentar mais desafios. “Já estava na hora de ser cobrada, quero sentir a pressão de treinar um time grande e não saber se ainda terei meu emprego no dia seguinte”, nos disse neste podcast.
Após 15 anos vivendo nos Estados Unidos e com uma breve passagem pela Islândia, Chris assinou contrato por dois anos com o time da Noruega e espera proporcionar ao Avaldsnes resultados jamais alcançados. “Quero que o time avance da primeira fase da Champions League, coisa que nunca aconteceu por aqui”, contou.
Falamos também sobre como o futebol feminino é tratado por aqui e Chris foi categórica. “Quando as pessoas que trabalham com o feminino se apaixonarem de verdade pela modalidade, tenho certeza que tudo irá mudar. Já evoluiu muita coisa, mas falta gente preparada para trabalhar com o feminino, modalidade que é bem diferente do masculino. E não adianta as pessoas entrarem lá (na CBF) e querer mudar tudo de uma hora pra outra. Precisa saber ouvir, trocar experiências e paciência”, afirmou a ex-jogadora que sonha em treinar a seleção brasileira em um futuro próximo.
Ouça e conheça a história de mais uma treinadora brasileira que quer mostrar o seu valor.
“O podcast para todos os gostos”, como definiu Gustavo Faldon, chega com a primeira prévia do duelo entre Eagles e Patriots, que definirá o vencedor do Super Bowl LII.
E o episódio desta semanar ecebe um convidado especial: Eduardo Zolin, comentarista de NFL nos nos Canais ESPN e um dos pioneiros em produção de conteúdo e podcasts de futebol americano no Brasil.
Além de um especialista de peso do assunto, Zolin é coincidentemente torcedor do Eagles, que tenta pela terceira vez vencer um inédito SB. Ao seu lado está o titular do Playbook Rafael Belattini, torcedor do Patriots, e que está a caminho de Minneapolis, para a cobertura do evento.
Prometemos neste episódio: notícias sobre os times, caminhos que podem levar ao título e curiosidades sobre jogadores que já estiveram em lados opostos no duelo do dia 4. O que você não verá aqui: empolgação com o Pro Bowl, jogo “das estrelas” que antecede a grande decisão.
O Playbook está cheio de temperos, e pronto para sua degustação.
Voltamos à América Latina, para tratar de um país que neste ano fará sua estreia em Copa do Mundo: o Panamá! Desde a chegada dos colonizadores espanhóis, o istmo tinha uma posição estratégica na circulação de riquezas, algo que foi potencializado com a construção do Canal, no final do século XIX, quando a região ainda pertencia à Colômbia.
Após a Crise do Panamá (1885) e a Guerra dos Mil Dias (1899-1902), o Panamá tornou-se independente, mas viu a influência dos Estados Unidos aumentar gradativamente, inclusive com a administração norte-americana em uma das maiores obras de engenharia da Idade Contemporânea.
Apesar do beisebol e boxe ocuparem um espaço maior no imaginário lúdico panamenho, o atual presidente Juan Carlos Varela declarou feriado nacional, após a classificação da Marea Roja ao Mundial a ser disputado na Rússia!
Me sinto um tanto velho falando de algo que aconteceu comigo há vinte anos. Se fosse algo que aconteceu há vinte anos, mas que tem a mim como um personagem infantil, vá lá. Mas na estória que quero contar eu já tinha lá meus dezessete. Era 1997, ou 1998, não sei ao certo. Meu primeiro emprego com carteira assinada, na Livraria Siciliano – que já não existe mais, foi comprada pela Saraiva, olha a velhice aí de novo. Uma amiga que trabalhava lá ajeitou para que eu entrasse, e fui parar na sessão de CDs – essa ainda existe na Livraria Saraiva, sabe-se lá até quando.
Assim que fui admitido, a gerente me disse que o público que frequentava a sessão de CDs da loja era diferenciado, e gostava de música clássica e new age. Era, portanto, crucial que eu aprendesse o que podia sobre esses estilos para que passasse na experiência de três meses e me tornasse efetivo. Eu não fazia ideia do que fosse new age. Sobre música clássica, devo dizer que anoto todos os filmes que assisto desde muito novo, e acabo de descobrir que assisti “Amadeus” em 20/04/1996. Provavelmente isso era tudo que eu sabia de música clássica.
A loja ficava dentro de um shopping, eu tinha que trabalhar aos domingos, ganhava pouco, sentia a pressão do primeiro trabalho formal, mas no fim das contas estava dentro de um templo maravilhoso, que talvez eu não tivesse consciência na época de quão valioso poderia ser. Fato é que até acabei me inteirando um pouco sobre quem eram Enya, Loreena McKennitt, entre outros nomes da new age, mas não fiquei nada craque no assunto, muito menos em música clássica. Um pouco de indolência, é possível. Se sou indolente hoje, acho que “adolescente-quase-adulto” era mais ainda.
(Um aparte curioso: certa vez a gerente da loja me pediu para limpar o vidro que dividia a livraria da sessão de CDs. Me deu lá os apetrechos necessários, e eu fiquei com cara de “ué”. Ela perguntou se eu nunca tinha limpado um vidro na vida. Eu respondi que não.)
Não sei se foi o vidro ou minha falta de interesse em aprender o que era necessário para tão seleto público, mas o que se deu é que eu não passei na experiência de três meses, e fui mandado embora. Em meu lugar, me lembro bem, entrou um camarada chamado Leandro, que fazia parte do fã clube da Loreena McKennitt. Aí é covardia, quem, no Brasil, faz parte de um fã clube da Loreena McKennitt? Detalhe irrelevante: esse cara, além de me tirar o emprego, era ex-namorado da então namorada do meu irmão. Mas, verdade deve ser dita, era gente boa pra cacete, e não tinha culpa nenhuma de nada. Chegamos a trabalhar um tempo juntos, sem que o idiota aqui percebesse que estava de saída.
(Um aparte vingativo: pouco depois que saí da livraria passei num concurso público e segui minha vida. Voltei à Siciliano como cliente, e encontrei uma antiga colega, que me informou que a gerente da loja tinha feito o mesmo concurso que eu, mas não tinha passado. Não sei limpar vidro, mas sei passar em concurso, baby.)
Durante meu tempo na loja, uma das coisas mais legais é que tínhamos uma certa liberdade de colocar o que quiséssemos para ouvir. Claro que a preferência era por lançamentos que vendiam bastante (me lembro que o CD do Caetano, “Prenda minha”, aquele que tinha “Sozinho”, tocou até o cu fazer bico), mas havia espaço para brincar um pouco. Eu e um bom colega (que morava num bairro perigoso e me confessou que às vezes fazia aviãozinho pra traficante) adorávamos colocar um CD do Renato Teixeira. Certamente não era um campeão de vendas, mas sempre que ninguém estava olhando, lá íamos nós botar Renato pra cantar. E esse CD é, afinal, sobre o que eu quero falar.
Seu nome é “Um poeta e um violão”, e sabe aquela história dos dez discos pra levar pra ilha deserta? Esse certamente seria um dos meus. Considero uma obra prima da música brasileira, e vou tentar explicar brevemente o porquê.
Seu nome resume bem sua proposta: apenas Renato e seu violão. O conceito é radical, não há espaço para nenhuma outra intervenção. A impressão é que o artista está tocando ao seu lado. Algumas pequenas falhas do violão e da voz permanecem na mixagem, dando vida ao registro, e intensificando a sensação de proximidade. Mas além de ser um álbum conceitual na forma, também o é no conteúdo. Renato canta a vida do homem simples, do homem da terra, e da relação deste com a natureza. Mas não é preciso viver numa fazenda para se identificar. O disco também fala de amor. E mesmo quando fala de amor, existe simplicidade. Uma simplicidade genial, que traz versos como “Todo silêncio do mundo/ Não vale o segundo/ De um beijo”. Conceito nenhum se sustentaria se as músicas não fossem boas. E a verdade é que se trata de uma coleção de doze músicas irrepreensíveis (tá, pra não dizer que é irrepreensível, contesto a presença de uma versão em espanhol de “Tocando em frente”, que me parece deslocada no disco).
Não, não consegui trabalhar na Siciliano pelo tempo que eu queria. Sabe-se lá o que seria da minha vida caso tivesse continuado por lá. O efeito borboleta me traria a um lugar (simbólico e, quem sabe, físico) completamente diferente do que estou hoje, certamente. Mas, embora não tenha passado na “experiência”, esse disco valeu mais do que qualquer experiência. “Um poeta e um violão” foi o presente que eu recebi, muito maior do que os três salários mixos ou o mirrado FGTS.
O disco está inteiro no Youtube. Mas vou colocar aqui a música que eu acho que sintetiza o que ele é. Não por acaso ela contém o verso que para mim é o mais simbólico do cd: “Um homem simples que conhece a natureza/ Acostumou-se à beleza, vive disso e é feliz”. Tem uma música de Maiara & Maraísa chamada 10%, que é até divertida, e que tem 422.798.608 de visualizações no Youtube (17/01/2018 às 23:35). Esta que posto abaixo tem 61. Uma pequena defasagem que, com a força da Central 3, certamente será corrigida em breve.
Falar de humor é bom, rir com ele também, e Nigel Goodman é um dos bambas dessa JUVENTUDE do fazer rir. Moço do stand up, é também roteirista e uma mente pensante da comédia. No papo com Thunderbird, Iamin e Matias, ele fez lá as suas graças, mas também debateu o cenário do humor e contou de sua trajetória.
Nesta edição homenageamos Grafite, jogador que nunca negou o seu carinho pelo Santa Cruz e se aposentou do futebol essa semana. Na pauta, nossos cabras também repercutiram as besteiras faladas por Emerson Leão sobre Forteleza, a primeira rodada do Nordestão e, claro, os estaduais.
A Mesa Oval recebeu Antônio Martoni, comentarista dos canais ESPN, que comentou do Rugby nacional e internacional, em dia de aniversário de um dos integrantes da Mesa, Luís Kolle.
Imperdível
Em algum momento da nossa cultura popular estabeleceu-se a tal da Regra dos 15 Anos — especialmente para filmes. São duas as versões da regra: a primeira é a de que QUALQUER coisa que você tenha assistido antes dos seus 15 anos e gostado jamais deverá ser reassistido, porque muito provavelmente você vai achar uma merda — mais provavelmente ainda por de fato ser uma merda.
Tipo He-Man, sabe? 😀
A outra versão, mais famosa, é a dos filmes que sobrevivem ELES aos 15 anos deles. E, depois de uma pesquisa bastante rápida e meio aleatória no IMDb, percebemos quantos filmes realmente sensacionais (na época) e populares (até hoje) completariam 15 anos em 2018 e é sobre isso que falamos nessa edição do ASTERISCO, o seu programa / talk show / podcast / o que você quiser sobre cultura pop e CERCANIAS do JUDAO.com.br. 🙂
Pra ajudar a gente a definir quais filmes sobrevivem à tal regra no nosso CANON, convidamos Bárbara Demerov, editora do site Cinematecando, que junto do Borbs e do Thiago Cardim por muito pouco não definiram que The Room sobrevive e Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei não.