Posts

Fronteiras Invisíveis do Futebol #06 Colômbia

Assine o feed do Fronteiras!

Através do RSS. O programa também está disponível para DeezeriTunes, PlayerFM, e Pocketcast.

Tipo Colômbia

No retorno do Fronteiras Invisíveis do Futebol, o primeiro programa de 2016 aproveita o atual acordo de paz na vizinha Colômbia e fala da História do país nortenho.

Você vai entender que a partir da Guerra dos Mil Dias (1899-1902) está a origem do período conhecido como La Violencia, que resulta na fundação das Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia. Junto com a guerra entre o governo e as FARC, temos o narcotráfico e a disputa entre os cartéis de Cali e de Medellín, com suas ligações com todos os lados do conflito e que é refletido no narco fútbol.

O desenvolvimento do futebol colombiano é um ótimo demonstrativo dos conflitos no país, cujo marco positivo é a goleada sobre a Argentina em Buenos Aires e o marco negativo é o assassinato do zagueiro Andrés Escobar.

SIGA O XADREZ VERBAL

Acompanhe as publicações do site através do FacebookTwitter e Youtube.

Posts Relacionados

Folha Seca #96 Futebol Falado

Assine o Folha Seca!

Não perca mais nenhum podcast e assine o feed do Folha. O programa está disponível também via iTunes, PlayerFM, Deezer e Pocketcasts.

Feijó na área

O Folha Seca #96 conversou com o professor Luiz Feijó, que tem vasto trabalho nas Letras a respeito do futebol. Na conversa, ele lembra que começou a pesquisar o tema ainda nos 1960, quando o futebol não tinha grande espaço na academia. O professor também comparou a linguagem do futebol no Brasil e em Portugal, tema de uma de suas publicações, tratou da influência da televisão e ainda comentou seu mais recente livro: Futebol Falado – E sua dramática linguagem figurada.

O programa, com Paulo Junior e Leandro Iamin, também falou dos últimos lançamentos e homenageou o aniversariante do dia, Michael Jordan.

Posts Relacionados

Judão #16 A cultura mais do que pop

Assine o Feed do Judão!!!

Para assinar o feed do Judão, basta clicar aqui. Você também poe ouvir o podcast via iTunes e Player FM.

Barney!

O mais puro suco do milho da cultura muito popular Brasileira é derramado nessa edição do PoOOoOooODCAST. Chico Barney, um dos maiores entusiastas do assunto, visitou o Estúdio Sócrates Brasileiro pra destilar toda sua sabedoria e seu “mau gosto”, nas palavras do próprio.
Os BLOQUINHOS e as transmissões de Carnaval, Maria Melilo, Big Brother, o trio MSN, MC Bin Laden, Evelyn Matos, digo, Moraes, digo Bastos, Anitta, Fernando de Noronha & Bruno Gagliasso, a nova Playboy e as piores enquetes do mundo. Pegue o seu Campari, prepare seu fone de ouvido de ouro e permita-se!
…ou pelo menos dê tanta risada quanto a gente deu enquanto gravava. ;D
LINKS
ChicoBarney.com
Deadpool: Morena Baccarin está pronta pra se tornar a Copycat
Carnaval em tempo de crise: festejar ou chatear?
Luana Piovani e a nova Playboy
Entre as tantas coisas que emburrecem o ser humano, acredite: BBB não é uma delas.

Posts Relacionados

Do canto da Chaiñita ao rugido do Tigre

Com a classificação do São Paulo FC para a fase de grupos, o clube garantiu mais dois confrontos com o The Strongest, tornando os bolivianos a equipe estrangeira que mais vezes enfrentou o Tricolor do Morumbi neste século. O primeiro duelo aconteceu pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana, na qual os brasileiros saíram vencedores após duas goleadas no Hernando Siles (1 a 4) e Morumbi (3 a 1).

Dois anos depois, o Clube da Fé iniciou a caminhada para o tricampeonato da Copa Libertadores visitando La Paz, ao empatar com os donos da casa por 3 a 3. Na última rodada da fase de grupos, com a sorte de ambos definida, o São Paulo não teve dificuldades para vencer o The Strongest por 3 a 0. Coincidentemente, o River Plate – outro adversário do Grupo 1 na edição atual – foi o semifinalista ao lado do São Paulo nas duas competições.

Já na Libertadores de 2013, jaldenegros e tricolores voltaram a se enfrentar pelo Grupo 3 com vitória dos mandantes por 2 a 1 no turno e returno. Na fase anterior, o São Paulo havia eliminado o arquirrival Bolívar, oportunidade na qual perdeu a invencibilidade na Bolívia (4 a 3), após ter ter vencido La Academia por 5 a 0 no Morumbi.

Conheça mais sobre a história do Club The Strongest (texto atualizado do Blog do Birner)

Fundação

A Sociedad Deportiva Strong foi fundada, em abril de 1908, pela união de doze estudantes do Colegio San Calixto e do Instituto Americano, que se reuniam na Plaza Murillo, em La Paz, hoje sede dos poderes executivo e legislativo do Estado Plurinacional da Bolívia.

Pouco tempo depois houve a adaptação para The Strongest Football Club até chegar à nomenclatura atual, sem fazer referência ao ludopédio.

Pioneirismo

[The Strongest - Acervo]
[The Strongest – Acervo]
Os gualdinegros foram os primeiros campeões da Asociación de Fútbol de La Paz, em 1914, além de ganharem o torneio inaugural da Liga del Fútbol Profesional Boliviano, em 1977.

Também tiveram a honra de inaugurar o Stadium La Paz, em 1930, diante do Universitario, além de ser a primeira equipe do país a excursionar, visitando a Alianza Lima no ano seguinte, e a ganhar uma partida válida por uma competição continental, ao bater o mandante Deportivo Quito pela Libertadores de 1965.

Fortes nos campos… de batalha

Cañada
[The Strongest – Acervo]
As analogias bélicas são parte do imaginário futebolístico, afinal o esporte bretão faz às vezes de guerra simbólica.

No entanto, durante a Guerra do Chaco (1932-35), jogadores e torcedores stronguistas participaram ativamente da Batalha de Cañada Cochabamba (1934).

“Nuestros jugadores, junto a miles de jóvenes de entonces, fueron a defender a la Patria y se logro uno de los pocos triunfos em dicha guerra. Por eso, posteriormente, el presidente Toro nos compensó con los terrenos de las Frías” recorda o dirigente Humberto Rojas.

“Huarikasaya Kalakataya! Hurra, Hurra!”

A partir das cores escolhidas por seus fundadores, que representam o contraste entre o dia e a noite, a equipe logo foi associada ao chaiñita, pássaro cantor, e depois à vicunha, cervídeo típico do altiplano, que acabou inspirando seu primeiro grito de guerra, de origem aimará, cujo significado pode ser traduzido por “treme a vicunha, rompe a pedra”.

Na década de 40, ganha força a mascote que simboliza o time até o presente, o Tigre, ao mesmo passo que o Strongest se consagra como o maior campeão do amadorismo com treze taças.

Clássico(s) Paceño(s)

Em sua trajetória centenária, The Strongest acumulou diversos rivais pelos gramados da capital.

O primeiro adversário de peso foi o Colegio Militar, mais conhecido pela abreviação ColMil, que logo teve as atenções roubadas pelo Universitario, ligado à Universidad Mayor San Andrés.

Com o crescimento do futebol paceño e o fortalecimento da AFLP, diversos clubes tentaram quebrar a hegemonia do clube mais vencedor, casos de Alaways Ready, Chaco Petrolero, Litoral e Municipal.

Mas nenhum deles conseguiu despertar a rivalidade dos stronguistas como fez o Club Bolívar.

La Academia é a única agremiação a superar os tigres no confronto direto, com quase o dobro de vitórias registradas (115 a 67).

Viloco, uma geração perdida

Apesar de perder espaço para arquirrival nos primeiros anos do profissionalismo, de 1950 em diante, o Tigre conseguiu mordiscar dois campeonatos paceños (1963-64) e nacionais (1952 e 64).

Em meio à temporada de 1969, o plantel tigrado foi convidado a disputar o quadrangular de Santa Cruz, em meios às celebrações pelo aniversário do departamento oriental.

[The Strongest - Acervo]
[The Strongest – Acervo]
As três derrotas que os jogadores levaram na bagagem passaram de mau presságio a uma tragédia consumada, quando a aeronave DC6, CP-698, Santa Cruz-La Paz da companhia Lloyd Aéreo Boliviano (LAB) caiu em Viloco, localizada na Cordilheira de Tres Cruces, ceifando a vida de 67 passageiros e 7 tripulantes.

Tomando como exemplo de desastres semelhantes (Torino 1949, Manchester United 1958), os atletas sobreviventes deram a volta por cima e dedicaram o título conquistado na temporada seguinte aos companheiros caídos.

La Gloriosa Ultra Sur

Seguindo uma tradição iniciada nos anos 50, os hinchas gualdinegros sempre ocupam as cadeiras da Curva Sur, quando o Strongest manda suas partidas no Stadium Hernando Siles (antigo La Paz) ou disputam o Superclássico diante do Bolívar, no mesmo cenário.

Aproveitando-se da localização geográfica, eis que aparece o primeiro grupo organizado de torcedores, batizado de Los Divinos de la Sur, que comandaram pacificamente as arquibancadas até o final da década de 70, sendo substituídos posteriormente por Los de Siempre.

Inspirada pelas barras bravas argentinas surge, no ano de 1989, a P.U.T.A. cuja sigla tinha dois significados: Presente y Unida la Torcida Tigrada e Parados, Unidos Todos Alentaremos.

[Gabriel Uchida - Fototorcida]
[Gabriel Uchida – Fototorcida]
Cinco anos após seu surgimento, a barra oficial muda seu nome para La Gloriosa Ultra Sur, contando com diversos subgrupos tais quais Comando 12, Los de Adentro, Villa 34 (o mais popular), La Banda de la Tapa e Resistencia Aurinegra, espalhados por La Paz e demais províncias bolivianas.

Achumani, la casa del Tigre

[The Strongest - Divulgação]
[The Strongest – Divulgação]
Foram quase oito décadas sonhando com a cancha própria.

Graças ao empreendedorismo e visão do presidente Rafael Mendoza é inaugurado, em 1986, o Complejo de Achumani, na residencial e bucólica Zona Sul, cerca de 200m mais baixa que o bairro de Miraflores, aonde se localiza o Hernando Siles.

Recentemente o presidente Evo Morales anunciou que o governo doará o sistema de iluminação, para que o The Strongest possa disputar jogos noturnos em sua casa.

La copa se mira, no se toca

The Strongest é praticamente um coadjuvante na Copa Libertadores, entrando na disputa pela 22ª vez, neste ano. Em apenas três ocasiões conseguiu superar a fase de grupos (1990, 94 e 2014), sendo eliminado em seguida nas oitavas-de-final.

Contudo, o antigo apelido de Derribador de Campeones não foi dado à toa – após bater os campeões Cerro Porteño, do Paraguai, Independiente, da Argentina, e Universitario, do Peru, em amistosos entre as temporadas 1941/42 – pois os aurinegros ganharam com autoridade de Palmeiras (2000) e Santos (2012), quando os clubes paulistas defendiam o título máximo do futebol sul-americano, podendo repetir a dose com o River Plate neste ano.

El Patrón del Bien

[Pablo Escobar - Twitter]
[Pablo Escobar – Twitter]
Em sua terceira passagem pelo clube, o atacante paraguaio Pablo Escobar – nosso convidado no 42ª do Conexão Sudaca – é o grande ídolo recente da história do The Strongest, conquistando quatro títulos locais, mais de 300 partidas, além de marcas expressivas na Libertadores – sendo o jogador stronguista a mais vezes balançar as redes com 13 gols – e no clássico, dividindo a artilharia com o uruguaio Willian Ferreira, do Bolívar, ambos com 19 gritos.

Posts Relacionados

Thunder #90 José Trajano

ASSINE O FEED DO THUNDER RÁDIO SHOW!

Você pode assinar o Feed via RSS do TRS ou ouvir o podcast através do Player FM  ou Itunes

 

Parei!

Thunderbird caprichou na edição 90 de seu podcast. Trouxe José Trajano e recheou o bolo com Leandro Iamin, Xico Pati e Matias Pinto. Cercados de cervejas imaginárias e transbordando de perguntas, toda a trupe desfrutou da hora completa ao lado do excelente contador de histórias que é o Zé.

Desde os anos 60, quando o jornal precisava do telex e a boemia era extensão da redação, até a Copa de 2014 e suas estranhezas, Trajano falou de sua carreira falada, escrita e também ouvida e sentida. Na trajetória estão apostas, conflitos e um claro prazer pelo ofício. Histórias com Sócrates na Itália e com as mais possantes figuras da mídia e da bola fizeram parte deste programa que você acessa, na íntegra, clicando abaixo.

José Trajano é o tipo de convidado que renderia programas de muitas horas, dado o arcabouço cultural que possui.  Programaço, golaço, aqui e agora.

 

Posts Relacionados

A pior forma de empatar

Existem algumas formas de empatar com um time uruguaio na Libertadores, e o Palmeiras, nesta terça, empatou da forma menos nobre. Os catorze homens que pisaram no gramado não trarão na bagagem um só relato para os netos que envolva mística, catimba e loucura, estas coisas de Libertadores, de Uruguai, de futebol fora da prancheta.

Qual o quê. O River Plate é, com esforço, medíocre do ponto de vista técnico, e suas opções táticas são banais como 99,99% dos times do planeta. Já vi disputas de judô em Jogos Abertos do Vale do Paraíba com público mais participativo. O time local não era local, estava longe de casa, perto do litoral uruguaio e quem viu um papel picado, mentiu. De modo que o Palmeiras não tinha um adversário sofisticado pela frente, muito menos deu de cara com uma atmosfera intimidadora, mas já no intervalo teve jogador reclamando que o gramado estava alto demais. Como gosta de reclamar da vida o profissional de futebol.

Marcelo Oliveira optou pela formação mais sincera que podia. Se Robinho tem sido um armador de mentira, não é melhor escalar três volantes de verdade? Fez bem feito e fez justiça a Thiago Santos, de pouca grife e bastante disposição. Se é para apostar duvidando de Gabriel Jesus, não é melhor sacá-lo de uma vez? Erik em campo, junto de Dudu para dar velocidade a um setor obstruído pela espaçosa pasmaceira de Lucas Barrios, a quem a pelota sorriu mas ele, literalmente, pisou na bola, no que podia ter sido, e não foi, a melhor chance do primeiro tempo. “Foi a grama, que está alta”.

Dudu achou a bola de ouro dez minutos ates do descanso e Jean abriu o placar. Era de se imaginar, diante da pobreza de recursos do “dono da casa”, que enfim veríamos um Palmeiras com autoridade, tesão pela coisa, cacoete e virtude. Não vimos.

Com outra camisa…

O River Plate, em um estádio como o do Defensor Sporting, ou com a camisa do Danúbio, poderia ser considerado osso duro de roer. Nas circunstâncias da noite em questão, não. O Palmeiras roeu carne macia. Prass cometeu pênalti antes dos cinco, e logo após o bonito gol de Gabriel Jesus, um escanteio resultou em novo gol de empate. “Bola parada”, vai dizer o reclamão. Bobagem. Os dois lances que geraram tentos ao quadro cisplatino tem outra coisa em comum: bola trabalhada chegando na linha de fundo palmeirense.

São generosos os espaços defensivos que o Palmeiras oferece. Qualquer coisa parecida com marcação pressão, à frente da zona de perigo, não tem funcionado. Zé Roberto é o mais elementar ponto vulnerável de um time grande do Brasil, e mantê-lo como lateral deste time é parecido com a auto-sabotagem. Lucas nunca esteve em pior fase vestindo verde. A proteção de contragolpes, ou mesmo de avanços de laterais, não vinga. É simples começar jogadas contra o Palmeiras. É simples chegar à linha de fundo. O São Bento fez três gols, um anulado, em dez minutos de Palmeiras. Não é só uma questão de Leandro Almeida.

E entrou o Robinho, e o Alecsandro estava com a macaca, e o Jesus desencantou, e o que pode ser considerado boa notícia? O ponto ganho? Para Marcelo Oliveira, sim, ao menos no discurso. A mim fica a impressão de que bastaria um estádio próprio com papel picado, torcida participando e um pouquinho mais, bem pouco mesmo, de qualidade do adversário, e nem este ponto o Palmeiras traria de Maldonado. “Mas Libertadores é Libertadores”, vai dizer alguém da turma do gramado alto, mesmo com estádio vazio, camisa leve e pulmôes no nível do mar.

Posts Relacionados

Baião de Dois #04 Muita Bronca!

A Copa do Nordeste começou e o Baião de Dois vai junto analisando a primeira rodada e avaliando a dificuldade de cada grupo.

O destaque negativo do final de semana nordestino foi a bagunça das autoridades que proibiram a torcida do Sport a entrar no estádio Almeidão, em João Pessoa, com a camisa do clube.

O mesmo estádio vetado pela CBF de receber torcedores por conta de obras no seus arredores, fato que deixou o governador da Paraíba indignado. Indignada também está a torcida do ABC com o time e desafiou os atletas para um amistoso que vale cervejas.

O bom humor também não está com técnico do América-MG, Givanildo Oliveira. O pernambucano disse que nunca recebeu proposta dos principais times mineiros por ser nordestino. Deixando o rancor de lado, foi lembrado o melhor time da história do Náutico que participou da Libertadores de 1968, e que na época fazia frente ao Santos de Pelé.

Ouça, baixe e compartilhe o podcast com sotaque nordestina da Central3.

Posts Relacionados

Mesa Oval #04 Brasil vs Uruguai

Assine os feeds do Mesa Oval!

O seu podcast de rugby já está no iTunes e PlayerFM ou assine o RSS e não perca mais nenhum episódio.

Tupis 29 x 33 Teros

Luís Kolle, Victor Ramalho e Virgílio Neto comentam o jogão do último sábado no BaruEllis Park, no qual a seleção brasileira bateu de frente com os seus pares uruguaios, dos quais 11 estiveram presentes na última Copa do Mundo, pela 2ª rodada do Campeonato das Américas. Por sinal, o confronto já vale uma taça, seguindo a tradição do Rugby? Quais seriam os possíveis nomes?

No mais, um giro passando pelo rugby feminino e europeu, além de uma pílula sobre o Cuiabá Rugby Club.

Acompanhe o Portal do Rugby!

Entre no site oficial do e curta também as páginas de Facebook, Instagram e Twitter da equipe.

 

Posts Relacionados

El Gran DT

Por Felipe El Biglia de la Gente Dominguez

As pranchetas da Copa Libertadores 2016, assim como nas edições anteriores, segue condicionada à escola argentina de treinadores com 13 dos 32 maestros da fase de grupos. O Uruguai, com 7 nomes, também marca presença, aguçando a força rioplatense no comando técnico das Américas. O Brasil terá apenas Marcelo Oliveira, Roger Machado e Tite como representantes.

Vários fatores atendem pelo fenômeno, o maior deles é o fato dos hermanos gozarem da intensa oferta de cursos de treinadores no país. O mais conhecido deles é a Escuela de Vicente López. Diego Simeone, Gustavo Costas, Néstor Gorosito, Ramón Diaz, Rodolfo Arruabarrena e Sergio Batista são alguns dos formados no município da Grande Buenos Aires.

Um dos alunos prodígios é Marcelo Gallardo, o último em libertar a América com o River Plate. El Muñeco foi fundamental no tricampeonato millonario ao desfazer seu esquema fetiche – 0 4-3-1-2 tão enraizado na história riverplatense – posicionando o time no 4-2-2-2, eclipsado pela grande atuação de Kranevitter e Ponzio formando doble cinco. As contratações pontuais, pedidas pelo Napoleon de Merlo também fizeram efeito. Lucas Alario e Tabaré Viudez deram o desequilíbrio necessário à partir das semifinais.

O Trujillanos, um dos adversários do River Plate nesta edição de La Copa, também conta com um pizarrón argentino. Horácio Matuszyczk, atuou nos anos 80 como centroavante do Boca Juniors e no Racing, radicando-se na Venezuela no final da sua carreira. No comando do time de Valera há duas temporadas, El Polaco levou os aurimarrones ao título do Apertura de 2014. Em entrevista recente ao diário Olé! deu pistas de sua equipe: “Somos um time muito aguerrido. Tenho um ano e meio no clube, onde consolidamos um funcionamento em base a uma intenção ofensiva. Sempre pressionamos alto, porém com o decorrer do tempo encontramos um equilíbrio defensivo que nos permite sustentar esta intenção”.

O Grupo 1 segue com Edgardo Bauza fechando o tripé argentino de treinador. A exceção é o The Stronguest de volta à principal competição do continente sob a batuta do paraguaio Pablo Caballero. O estrategista guaraní chegou ao clube paceño em junho de 2015 sob indicação do compatriota Pablo Escobar. O treinador, que vinha de bons trabalhos à frente de San Lorenzo e Sportivo Luqueño, não pôde conquistar o Apertura, ficando atrás do rival Bolívar e do campeão Sport Boys Warnes. Pablo Caballero foi exonerado na última semana após perder para o Real Potosí, cedendo o posto para Mauricio Soria, ex- treinador da seleção boliviana.

Por fim, ao ritmo do pizarrón y pases cortos, destacamos 5 DT’s que podem brilhar nesta Libertadores:

CÉSAR FARÍAS

[Cerro Porteño - Divulgação]
[Cerro Porteño – Divulgação]

O flamante treinador do Cerro Porteño pode ser considerado um dos principais responsáveis pela singela evolução da seleção venezuelana. Foram 6 anos à frente da Vinotinto. Aportando ordem e sistema defensivo sólido, César Farías conseguiu classificar a Venezuela pela primeira vez para o Mundial Sub-20, em 2009, no Egito. Já nas Eliminatórias Sul-Americanas, os venezuelanos estiveram duas vezes ao borde da classificação à Copa do Mundo. Já na Copa América de 2011, disputada na Argentina, conduziu a Vinotinto para a histórica campanha que culminou no inédito quatro lugar.

O primeiro grande trabalho de Farías foi no Deportivo Táchira, quando levou o quadro aurinegro às quartas-de-final da Copa Libertadores, sendo eliminado pelo São Paulo comandado por Cuca. Seu sistema jogo consiste no tradicional 4-4-2 britânico, tão em voga no seu país natal assim como em terras paraguaias. Logo em sua chegada no Ciclón del Barrio Obrero, o treinador venezuelano tem apostado por duas linhas de quatro recuadas, eclipsando a chegada pelos lados. O provável time-base para este primeiro semestre tem Fidencio Oviedo e Jonathan Santana como doble 5 marcador, com Marcelo Estigarribia e o jovem Sergio Diaz pelos flancos. A dupla de ataque deve ser formada por Guillermo Beltrán ao lado do português Luis Leal, tendo como opção o ex-palmeirense José Ortigoza.

Quem pode perder espaço é o veterano Jonathan Fabbro, já que César Farías costuma abrir mão do enganche.

Eis a possível escalação azulgrana para estreia copeira hoje (22h) diante do Santa Fé: Antony Silva; Carlos Bonet, Victor Hugo Mareco, Bruno Valdez e Junior Alonso; Jonathan Santana, Fidencio Oviedo, Marcelo Estigarribia (Jonathan Fabbro) e Sergio Diaz; Guillermo Beltrán e Luis Leal (José Ortigoza).

EDUARDO COUDET

[Rosário Central - Divulgação]
[Rosário Central – Divulgação]
 El Chacho é a personificação do torcedor canalla. Frenético e provocativo, o antiga camisa 8 assumiu seu amado Rosario Central em meio a grave crise institucional. Com um time experiente, repleto de veteranos – Alejandro Donatti, César Delgado, Javier Pinola e Mauricio Caranta – mesclado com jovens talentosos da estirpe de Franco Cervi e Nery Dominguez, Coudet conseguiu implantar um 4-2-3-1 sólido que levou o Central ao terceiro lugar no Campeonato Argentino, além do vice na Copa Argentina após uma decisão, na qual o apito inclinou a conquista para o Boca Juniors.
Central
No 4-2-3-1, o time base da temporada 2015 com Chelito Delgado, Franco Cervi e Jonás Aguirre como principais armadores; Nery Dominguez e Damian Musto dão sustentação a um time ofensivo. Marco Ruben brilhou como principal artilheiro na Argentina e também a zaga vigorosa com Donatti e Pinola, duas peças cobiçadas por clubes brasileiros na janela de transferência.

Como em sua etapa como jogador, Coudet vibra a cada lance, contagia a torcida, recuperando a alma do clube mais popular de Rosario. Nessa temporada perdeu o goleiro Mauricio Caranta e o volante Nery Dominguez. La Academia se reforçou com o experiente goleiro uruguaio Sebastián Sosa, zagueiro Mauro Cetto e o volante Gil Romero.

FACUNDO SAVA
[Racing Club - Divulgação]
[Racing Club – Divulgação]

 Depois de 18 meses e um título histórico, Diego Cocca decidiu deixar Avellaneda. O escolhido para assumir o comando técnico de La Acade é Facundo Sava, com passagem marcante como centroavante no clube durante a segunda metade da década passada. Sua curta carreira como treinador teve início em 2012, quando salvou o San Martin de San Juan vencendo a temida promoción. Passou pelo chileno O’Higgins, de Racangua, assim como pelo Unión de Santa Fé. Ambas sem êxito absoluto.

Por fim, El Colorado terá sua primeira experiência em um dos cinco grandes da Argentina. Na temporada passada assumiu o Quilmes na zona de rebaixamento. Sua estreia foi justamente contra o Racing, batendo os blanquicelestes por 2 a 1 no Monumental de Quilmes. Serio o começo fulminante de uma arrancada que evitou que o Cervecero perdesse a categoria novamente. Sava assumirá a base campeã de 2014 reforçada pela volta do centroavante Lisandro Lopez e a incorporação do volante Federico Vismara.

Seu sistema de jogo predileto é o 4-3-3, mas na vitória por 4 a 2 frente ao Boca pelo Torneio de Verão manteve o 4-2-2-2 da era Cocca, apostando pela dupla de ataque formada por Gustavo Bou e Diego Milito. Eis que na estreia frente ao Puebla, Sava posicionou La Acadé ao seu estilo com Bou sacrificado na ponta direita. O primeiro gol academico na edição da Libertadores de 2016, culminou em uma jogada por Marcos Acuña e conclusão de Bou às costas do lateral esquerdo rival. Porém, a recomposição defensiva esteve em cheque, já que Bou se manteve quase sempre como segundo centroavante, ao lado de Milito. O tripé com Fede Vismara, Luciano Aued e Francisco Cerro não funcionou, sacrificando o ex- Veléz para ocupar o flanco direito do meio de campo.

Racing 1
Na estreia frente ao Puebla: Sava tenta um 4-3-3 arriscado com Bou sobrecarregado na recomposição defensiva para deixar o veterano Milito como centroavante fixo.

Na segunda etapa, após a nova vantagem mexicana, pudemos ver o Racing idealizado por Facundo Sava: um time com dois jogadores rápidos pelos lados e apenas um centroavante de área. As opções de ataque são vastas com a chegada de Licha López e Rodrigo de Paul, além de Bou, Milito, Marcos Acuña, Óscar Romero, Rodrigo Noir e Washington Camacho.

Racing 2
No 2º Tempo, frente ao Puebla, no México, Sava posiciona La Acadé no 4-2-3-1 com Óscar Romero de enganche; Marcos Acuña e Tito Noir são os ponteiros; Pancho Cerro e Luciano Aued como doble 5 e Gustavo Bou na posição de centroavante

No partida de volta contra o Puebla, Facundo Sava voltou a posicionar o Racing no 4-2-2-2 da era Cocca; Vismara dando lugar a Camacho. O jogador uruguaio e o imparável Marcos Acuña fecharam a linha de meias pelos costados, com Aued e Cerro de doble 5. A entrada de Óscar Romero foi fundamental para que o time voltasse a gerar ocasiões de gol, dessa feita no 4-2-3-1, com Bou como única referência entre os zagueiros rivais.

PABLO GUEDE

[San Lorenzo - Divulgação]
[San Lorenzo – Divulgação]

O futebol argentino vive com grande entusiasmo a chegada de Pablo Guede ao San Lorenzo. Se os cuervos reclamavam do futebol pragmático da era Bauza, terão em seu novo comandante a antítese futebolística do time que trouxe a Libertadores para Boedo. Pablo Guede, em sua curta carreira, se caracterizou pelo futebol agressivo, gerando comparações com Marcelo Bielsa e Jorge Sampaoli.

Seu auge como centroavante se deu nas divisões menores da Espanha. Foi herói do acesso do Málaga em 1998 com gols agônicos e decisivos. Na península arrancou sua carreira como treinador, onde fez cursos ao lado do amigo Tito Villanova. Em 2014 foi o condutor do Nueva Chicago no título da Primera B Metropolitana, a terceira divisão argentina. O Torito de Mataderos encantou pelo seu estilo ultra-ofensivo que resultou numa arrancada espetacular.

No ano seguinte comandou o Palestino do Chile na Libertadores. O quadro de La Cisterna eliminou o Nacional em Montevidéu na primeira fase, além de bons duelos frente ao Boca Juniors, Montevideo Wanderers e Zamora na fase de grupos. Sua ideia de jogo consiste na pressão em campo rival, possessão e ataque permanente. Seu sistema predileto é o 3-3-1-3, o mesmo utilizado por El Loco Bielsa, um de seus referentes. Seu começo tem sido difícil. O San Lorenzo perdeu o clássico de verão para o Huracán, além do empate na estreia do Torneio Transición contra o Patronato em condição de visitante. Pablo Guede pediu as contratações de Marcos Angeleri, Fernando Belluschi e Ezequiel Cerutti. Teve sua primeira polêmica ao afastar Pichi Mercier, um dos emblemas do meio-campo azulgrana nos tempos do Patón. Recuperou a moral ao golear o Boca Juniors por 4 a 0 na última quarta-feira (10/02) em Córdoba, em jogo válido pela decisão da Supercopa Argentina.

REINALDO RUEDA

[Atlético Nacional - Divulgação]
[Atlético Nacional – Divulgação]

O Nacional de Medellín apostou na experiência de Reinaldo Rueda para substituir Juan Carlos Osorio e consolidar a hegemonia no futebol localO título conquistado frente ao Junior de Barranquilla, em dezembro, foi o décimo quinto do conjunto verdolaga e o primeiro de Rueda em sua pátria natal. Seu primeiro trabalho reconhecido se deu no comando das categorias menores da seleção tricolor, quando venceu o torneio de Toulon em 2000.

Na seleção principal sua passagem foi marcada pelo passo em falso na tentativa de levar os cafeteros ao Mundial de 2006, terminando na 6ª colocação. Ganhou a fama ao levar Honduras para a Copa do Mundo de 2010 e o Equador para o Mundial seguinte. Assumiu o verde paisa no segundo semestre de 2015, após a renuncia de Osorio. Impondo seu estilo, acabou com o sistema de rotação no elenco e esquema predileto é o 4-4-2 com Orlando Berrio e Luiz Carlos Ruiz como referência de ataque. A seu pedido, o Nacional trouxe o experimentado meia Macnelly Torres, além da chegada do ponteiro Victor Ibarbo e o retorno de Sherman Cardenas. Em 2016, Reinaldo Rueda levou o Nacional ao título da Superliga batendo o Deportivo Cali – também classificado para a Libertadores – por 5 a 0 no placar global.

Posts Relacionados

Trivela #45

ASSINE O FEED DO PODCAST TRIVELA!

Você pode assinar o RSS do Trivela via feed, ou ouvir o podcast através do Player FM e do Itunes.

Censura!

Rolou censura da faixa da torcida do Corinthians no clássico paulista de domingo, e o podcats Trivela da semana começou com esta discussão. Felipe Lobo, Bruno Bonsanti, Paulo Júnior e Leandro Iamin também falaram de como e quando nasceu o pênalti tal qual conhecemos, e homenagearam Trifon Ivanov, que morreu na última semana, aos 50 anos.

Deu tempo de falar de “bola e campo”, como diz o outro, da rodada de clássicos no Rio e em SP, do momento do Palmeiras, Copa do Nordeste, o início da fase de grupos da Libertadores, o mata-mata da Champions League e outros cacos de temas sempre pertinentes, ou nem sempre tão pertinentes assim.

Programaço com o jeito e o tom que você já conhece!

Posts Relacionados

Dibradoras #30 Ketlen

ASSINE O FEED DAS DIBRADORAS!

Você pode assinar o Feed via RSS  ou ouvir o podcast através do Player FM e do Itunes .

Ketlen!!!

As Dibradoras falaram com Ketlen, atacante do Santos, na edição desta semana do seu podcast de futebol feminino!

O começo em Rio Fortuna, os primeiros passos no futebol já começando ao lado de Marta e Cristiane nas Sereias da Vila, as passagens pela Suécia, Estados Unidos, a volta ao Santos, a prata pan-americana de 2011, o passado de Ketlen no futsal, a importância dos times de camisa pesada no cenário nacional e muito mais!

Na pauta também está o Campeonato Brasileiro com classificados para a segunda fase, o bom público do amazonense Iranduba e os compromissos da seleção pela Copa Algarve, que está chegando.

Curta também!

Você pode curtir a página das Dibradoras no facebookInstagramTwitter e também o site da equipe!

 

Posts Relacionados

Posts Relacionados