O Som das Torcidas #209 Cores

No mês passado completou-se 35 anos de lançamento do filme Colours, um clássico do gangstersmo, inspirado na divisão de Los Angeles pelas cores de diversas organizações criminosas.

Buscamos diferentes composições cromáticas na origem de clubes da América do Sul e Europa, para colorir a nossa arquibancada!

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O Som das Torcidas #195 Erasmo & Roberto

Ao longo de 2021 o Rei e o Tremendão sopraram 80 velhinhas – com algumas semanas de diferença – e em mais da metade delas ambos estiveram juntos, parceria que rendeu diversos hits, sendo adaptados em arquibancadas do Brasil e outros países do mundo ibérico, como Argentina, Equador, Peru e Portugal.

E neste final de ano, o SDT também revistará a carreira de Roberto Carlos e o seu “amigo de fé, irmão, camarada” Erasmo Carlos, que também coincidem no clube de coração, no caso o Vasco da Gama.

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Conexão Sudaca #190 Semana Copeira XXVI

Com o começo do returno da Fase de Grupos da Copa Libertadores, já temos quatro clubes classificados: Cerro Porteño, Cruzeiro, Libertad e, principalmente, o Internacional que comemorou duplamente os 110 anos de fundação e 50 anos da inauguração do Beira-Rio.

Também escutamos o novo single do músico colorado Felipe “Nino” Prestes, que lançará o novo álbum no final do mês!

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SDT Na Bancada #17 Privatizar e Proibir em SP

São Paulo é o túmulo das torcidas, vanguarda das proibições inúteis e outras medidas inócuas no combate à violência. O que não quer dizer que seja a única cidade/estado a cercear a cultura torcedora.

Nossa bancada formada por Gabriel Brito, Irlan Simões, Matias Pinto e Nico Cabrera rodam pelas canchas de Argentina e Brasil para discutir desde a proibição da venda de choripán e cerveja, passando pela privatização do Pacaembu e a selvageria da Brigada Militar contra torcedoras do Inter, além de atualizar pautas já debatidas como a elitização do Allianz Parque, torcida única etc.

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SDT Na Bancada #14 Democracia Torcedora

A temporada do futebol brasileiro acabou, mas tivemos eleições no Clube de Regatas do Flamengo e Sport Club Internacional no final de semana passado, mostrando as diferenças entre os modelos políticos de ambos os clubes.

Convidamos David Butter – membro do Flamengo da Gente – e Ivandro “Latino” – representante d’O Povo do Clube – para bater uma bola sobre os desafios dentro da política clubística e a importância da democracia para as lutas torcedoras.

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Conexão Sudaca #173 Semana Copeira XVII

Conversamos com dois convidados que passaram por sensações distintas nas partidas de volta das oitavas-de-final da Copa Libertadores.

Primeiro, falamos por telefone com Vitor Sion, conselheiro do Santos FC, que dividiu suas impressões sobre os últimos acontecimentos envolvendo o Peixe.

Já no estúdio, recebemos Juan Carlos Pérez, hincha do Colo Colo e um dos organizadores do livro Amistad sin Fronterasque segue ilusionado com a classificação do Cacique.

Prestamos homenagem ao centroavante Claudiomiro, que faleceu na última sexta-feira (24/08), recordando o primeiro gol do Beira-Rio, de sua autoria, e acompanhamos o relato do Clásico de Caseros, entre Estudiantes de Buenos Aires e JJ Urquiza, que voltou a ser disputado, após 52 temporadas.

Para finalizar, o adeus às quadras de Emanuel Ginóbili, o principal jogador da Generación Dorada do basquete argentino!

 

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O Som das Torcidas #142 Seven Nation Army

A obra-prima do duo The White Stripes mostrou que ainda tem força nas arenas russas, ao ser escolhida pela FIFA como música de entrada das seleções durante as 64 partidas da Copa do Mundo.

Após uma inesperada vitória do Club Brugge diante do Milan, em pleno San Siro, em outubro de 2003, os torcedores belgas comemoravam nas ruas milanesas quando começaram a corear o poderoso riff composto por Jack White. Desde então, passou a ser tocada sempre que os blauw-zwart anotam gols no Jan Breydel Stadium.

Numa dessas oportunidades, o clube de Flandres recebeu a AS Roma e saiu na frente, contudo os romanistas viraram e os tifosi passaram a cantarolar “po po po po”. Alguns meses depois, a Itália tornaria-se tetracampeã mundial e durante celebrações no Circo Massimo surgiria o canto “Siamo i campioni del mundo” que se espalhou para além das Sete Nações derrotadas pela Azzurra.

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Cada um com sua agonia

Da euforia à debacle, do hexa que serve de pilar da reconstrução da pátria de chuteiras a uma campanha fadada ao esquecimento. De campeão de tudo a condenado, de clube modelo a mais uma instituição da massa engolida pela mesquinharia da velha-nova cartolagem.

Foi nesse cenário que Corinthians e Internacional voltaram a ver as caras em mais uma boa história desta rivalidade recente. No íntimo, a torcida alvinegra já não aguenta mais seu próprio time, não se identifica com nenhum dos jogadores e encontra-se tragada por uma diretoria que remonta aos estertores do dualibismo.

Falando nessa maldita era, estamos diante de uma boa reprodução da campanha de 2006, que preparou o terreno para o desastre que dispensa comentários. A tarja de capitão no braço de Vilson não me deixa mentir. O segundo turno marcado pela autossabotagem de uma campanha que vinha digníssima, permitida por uma diretoria incapaz de conter qualquer investida do mercado (ou de seus achegados) me fez, definitivamente, por em xeque a validade de continuar a frequentar uma casa que insiste em não ser nossa.

Além do clube largado, vemos uma reedição de “choques de ordem”, cuja finalidade, muito claramente, é levar o apartheid social e o consumismo cego para os estádios. É praticamente a última fronteira de nossas fraturas históricas, já superada até em carnaval de rua, admirável ousadia dessa gente de bem. A Copa foi o laboratório e seu legado de palácios de mármore está aí para ser usado.

Assim, voltamos a insossos anos, quando tudo era proibido e as médias de público ainda mais baixas. Já tendo pagado inúmeras entradas para este filme tão sórdido como infrutífero, lamento, mas não vou ficar para ver mais uma temporada onde tudo o que nos fez amar o futebol e a arquibancada desde cedo está criminalizado. Pior: uma criminalização apoiada por parte da torcida – ou nova torcida.

Ontem mesmo, apesar de a sanha em rebaixar o rival gaúcho aquecer alguns corações, voltamos a ver a trágica cena em que o torcedor do clube se levanta contra outro torcedor do clube por equiparar a fumaça de um sinalizador à ameaça nuclear norte-coreana e, dessa forma, entregá-lo aos homens da lei e da ordem.

Isso pra não falar da interdição do setor norte, a nova modalidade de “luta de classes” que os donos do futebol profissional engendraram. Afinal, tirar mando de campo de quem abraçou as arenas e sua farsa econômica, pra fazer jogo em Araraquara com 7 mil pagantes, é ato de autossabotagem já detectado pelo “sistema” – basta observar como rapidamente se voltou atrás na retirada do mando de campo do Grêmio, sob vigoroso apoio de quem tanto inflou egos de auditores e advogados.

Agora, e podemos ver pelo tom desavergonhado de alguns “dateninhas” da mídia esportiva, a luta contra essa entidade espectral denominada torcedor organizado trava-se sem cerimônias, dia e noite.

O problema é que, antes de proteger a família, como alegam, estão apenas excluindo aquele que paga menos. A família que paga menos também foi chutada pra fora do estádio – nem vamos tratar do nível desse tipo de discurso, infantil e falacioso, e seus frutos históricos.

Fato objetivo é que com a setorização dos novos estádios (sic) ficou fácil predeterminar quem entra e quem fica fora e, assim, logo alteraram o código desportivo para permitir uma acomodação que interessa a todos (eles).

Como pequena mostra da seletividade da “crítica civilizatória”, vimos sumir do noticiário a morte do cruzeirense após mal contada refrega com seguranças do Mineirão (ou Minas Arena), assim como será abafada a tenebrosa canção de troça ao finado Fernandão, ontem.

Feito o parêntese, estava eu lá, na divisória com a torcida que também vê de perto o que é ser limada por uma gente deslumbrada que pisa na sua alma em nome dos “compromissos da modernidade” e seus imperativos econômicos (claro que agora há um refluxo, pois à beira da segunda divisão todos aqueles demônios postos para fora da nova e lustrosa casa são imediatamente convocados a salvar o clube daquela que será a mãe de todas as desgraças).

Deu pena do Colorado. Trata-se de time tão desmoralizado que nem o pênalti digno de uma edição de luxo do famoso do DVD foi contestado pelos desolados atletas.

Após uma retranca que beirou o ridículo, por respeitar um time capaz de tomar o gol que tomou do Figueirense aos 48 do segundo tempo, o Inter lançou a campo um trio que poderia recolocar o alvinegro no prumo. Seijas, Nico López e Valdivia entraram para tentar evitar o pior – e poderiam entrar desde o começo se quiserem uns ares novos em São Paulo. Pra não falar de Alex, de bons serviços conhecidos nos dois lados, que nem do banco saiu.

Parece que Lisca não traz nenhuma ideia muito animadora frente ao tétrico antecessor e, pelo apresentado ontem, os colorados têm tudo pra amargar o fim dos tempos da valsa da mais traumática maneira.

Ao vencedor, que fique sem as batatas. Valeu pelo sabor da rivalidade recém-estabelecida. Mas entre voltar a uma Libertadores com o grande rival na crista e Osvaldo no banco, ou diminuir a carga de estresse e fazer um balanço antes que seja novamente tarde, fico com a segunda opção. E no sofá de casa. Deu pra mim.

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